Foi por tudo. Menos por amor. O feminicídio é um crime de ódio, com vítimas selecionadas intencionalmente. Morreram porque eram mulheres. No fim da noite de domingo (10), a empresária Lucilene Galdino de Albuquerque, de 50 anos, foi assassinada a facadas, dentro de casa. Antônio Maria Rodrigues Ferreira Pessoa foi apontado como responsável pelo crime. A relação entre vítima e agressor era íntima, como na maioria dos feminicídios. Marido e mulher, convivendo no mesmo endereço, em Itapipoca, interior do Ceará.
Antônio Maria também feriu o filho e o primo de Lucilene. Ele foi preso em flagrante sob a suspeita de feminicídio e tentativa de duplo homicídio. Uma discussão motivada por ciúmes teria precedido o ato. A tragédia vivida pela família da empresária é similar a de tantas outras.
Com a morte de Lucilene, neste ano de 2019, no Ceará, já são quatro mulheres vítimas de feminicídio. Em todos os casos, o principal suspeito era atual ou ex-companheiro delas. De janeiro a março do ano passado, foram outras sete vítimas. De acordo com levantamento da Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social (SSPDS), em 2018 inteiro, o número chegou a 26.
Diário do Nordeste
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