Alejandro Herbas Camacho Júnior, 44, estava em casa, na última terça-feira, 29, em um bairro de Fortaleza que a polícia não revela o nome, quando foi surpreendido pela chegada dos federais. A prisão do traficante de drogas e armas, irmão do líder do Primeiro Comando da Capital (PCC), Marcos Camacho, o Marcola, aconteceu por força de uma preventiva determinada pelo juiz da 2ª Vara Federal de Araçatuba (SP). A polícia cearense estava auxiliando a Operação Quinta Roda, deflagrada em São Paulo (Araçatuba e Guarulhos), Paraná, Mato Grosso do Sul e no Ceará.
Após ser preso, como noticiado com exclusividade pelo O POVO nesta quarta-feira, Alejandro foi levado para uma audiência de custódia na 11ª Vara Federal do Ceará. Lá, três advogados que acompanhavam o traficante pediram o relaxamento da preventiva. Eles alegaram que Alejandro, desde que saiu de uma prisão em São Paulo, há dez dias, havia se mudado para morar com uma família em Fortaleza. Portanto, possuía endereço fixo e trabalhava como comerciante. O ramo do negócio, porém, não foi informado.
O pedido de relaxamento da prisão preventiva de Alejandro Camacho sequer teria sido considerado pelo juiz Danilo Fontenele, já que a ação pertence à 2ª Vara Federal de Araçatuba.
Segundo O POVO apurou, não houve resistência ou tentativa de fuga do integrante do PCC. Além da ordem para prender Alejandro Camacho, a Polícia Federal apreendeu três veículos — entre eles uma Hilux —, telefones celulares, dois aparelhos de telefonia via rádio e outros objetos que serão periciados dentro da Operação Quinta Roda. Mais 28 pessoas foram presas nos
outros estados.
PCC no Ceará
A captura de Alejandro, apesar da PF manter sigilo sobre as investigações, reforça a condição do Ceará como estado importante para os negócios criminosos do PCC. Na operação de ontem, a Polícia apreendeu mais de 27 toneladas entre maconha e cocaína nos outros três estados. Um dos destinos da droga seria Fortaleza.
Demitri Túlio - O POVO
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