Uso de linha com substância cortante é proibido por lei no Ceará
Motociclista tem corte no pescoço e no ombro por linha com cerol em Tianguá, no interior do Ceará
Um motociclista sofreu um corte profundo no pescoço e no ombro nesta terça-feira (15), após ser atingido por uma linha com cerol na cidade de Tianguá, no interior do Ceará. A linha cortou a carne do homem até que ela se enganchou na fivela do capacete e foi rompida.
"Por um milagre ele está vivo contando a história, foi salvo por causa do capacete, a fivela do capacete", disse uma testemunha do acidente.
O cerol é feito com vidro em pó, passado na linha da pipa ou arraia para cortar outras pipas. No Ceará, o uso dessa substância é proibido por lei devido ao risco de acidentes fatais, além de ferimentos graves.
Em Fortaleza, somente neste ano, dois motociclistas morreram por cortes com linha com cerol.
Em Tianguá, o motociclista trafegava na BR-222 em direção a Fortaleza, na tarde de terça, quando foi atingido pela linha de crianças que brincavam soltando pipa.
O motociclista ferido recebeu primeiros socorros no local do acidente por uma equipe médica e não precisou ser hospitalizado.
Proibição do uso de cerol - Usar cerol, linha chilena ou outros materiais cortantes para empinar pipas e papagaios é prática proibida no Ceará. E pode terminar em tragédia. As lesões pelo contato com esta linha resultam em cortes profundos.
Os acidentes afetam pedestres, ciclistas e motociclistas. Por circular em maior velocidade e pela dificuldade em enxergar as linhas, os mais atingidos são os motociclistas.
Os episódios costumam ser mais graves nos meses de férias escolares, como em janeiro e julho, e de maior velocidade dos ventos no Ceará, a partir de agosto e setembro. São tempos em que crianças, jovens e adultos gostam de empinar pipas ou “soltar raia”, como dizem os cearenses.
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