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terça-feira, 22 de agosto de 2023

Hacker Walter Delgatti Neto é condenado a 20 anos de prisão


Delagtti foi preso na Operação Spoofing, que investiga o vazamento de conversas de autoridades ligadas à Operação Lava Jato

O hacker Walter Delgatti Neto foi condenado nesta segunda-feira (21) a 20 anos e 1 mês de prisão na Operação Spoofing, que investiga o vazamento de conversas de autoridades ligadas à Operação Lava Jato.

O juiz da sentença na operação Spoofing, Ricardo Augusto Soares Leite, substituto da 10ª Vara Federal do Distrito Federal, afirmou que ficou comprovado que muitas autoridades foram hackeadas.

“A amplitude das vítimas é imensa e poderia render inúmeras ocasiões de extorsões. Seus ataques cibernéticos foram direcionados a diversas autoridades públicas, em especial agentes responsáveis pela persecução penal, além de diversos outros indivíduos que possuem destaque social, bastando verificar as contas que tiveram conteúdo exportado. É reincidente, conforme comprova sua ficha criminal e possui outros registros penais“, declarou o magistrado.

Soares Leite também pontuou que Delgatti chegou a propor a venda do material hackeado para a imprensa por R$ 200 mil. Também foram condenadas outras pessoas que atuaram junto com Delgatti, Gustavo Henrique Elias Santos: 13 anos e 9 meses; Thiago Eliezer Martins Santos: 18 anos e 11 meses; Suelen Priscila De Oliveira: 6 anos; Danilo Cristiano Marques: 10 anos e 5 meses.

A operação Spoofing foi deflagrada em 2019. A intenção era investigar a invasão e a interceptação de mensagens privadas do ex-juiz da Lava Jato, ex-ministro da Justiça, e agora senador, Sergio Moro (União-PR), e de outras autoridades no aplicativo Telegram.

Na época em que a operação foi deflagrada, Delgatti admitiu à Polícia Federal (PF) que entrou nas contas de procuradores da Lava Jato e confirmou que repassou mensagens ao site The Intercept Brasil; ele disse não ter alterado o conteúdo e não ter recebido dinheiro por isso.

Atualmente, Delgatti está preso, mas por causa de outra investigação, a que apura suspeita de que ele foi pago pela deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) para invadir sistemas eletrônicos do poder Judiciário.

(Diário do Poder)

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