A proposta do governo Luiz Inácio Lula da Silva de criar uma Guarda Nacional causa desconforto no Exército Brasileiro. A ideia é do ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino.
O anúncio da possível criação da Guarda Nacional ocorreu em janeiro, logo depois da manifestação que resultou em atos de vandalismo no 8 de janeiro.
Por que o Exército se preocupa com a Guarda Nacional de Flávio DinoBrasília (DF), 21/07/2023 – O presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o ministro da Justiça, Flávio Dino, durante lançamento do Programa de Ação na Segurança (PAS), no Palácio do Planalto | Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil
A Guarda Nacional proposta por Flávio Dino e que preocupa o Exército seria uma união de diversas forças de segurança para a proteção de prédios públicos.
Em linhas gerais, o novo grupo esvaziaria uma das principais atribuições do Exército na Esplanada dos Ministérios. OGabinete de Segurança Institucional (GSI), que faz a defesa do Palácio do Planalto, é composto de militares.
A proposta de Dino integra o “Pacote da Democracia”, que foi entregue à Presidência e à Casa Civil .O ministro defendeu novamente a criação da Guarda Nacional em maio, para evitar que “desavenças políticas ou dificuldade de diálogo” entre unidades da Federação deixem a sede dos Poderes expostos à insegurança.
O Exército rebate a ideia de que cometeu erros no 8 de janeiro. Os militares afirmam que o baixo efetivo de militares naquele dia foi um pedido do GSI, que é vinculado à Presidência da República.
Segundo o Exército, o GSI de Lula pediu apenas 35 homens no 8 de janeiro. “Tento colocar para a tropa tudo isso que está ocorrendo e que a gente não pode errar”, disse um general à revista Veja, sobre a forma como o Exército vê a proposta de Dino. “Porque, se errar, vão criar a Guarda Nacional.”
Ele diz também que “depende do soldado defender a missão. Se o soldado fizer uma besteira, vão dizer: ‘Está vendo? Com eles não dá para continuar”.
Os detalhes da proposta elaborada por Dino para a Guarda Nacional é mantida sob sigilo. O Ministério da Justiça e Segurança Pública disse que a criação do novo grupo passa por estudos internos e de viabilidade.
(Folha do Estado)
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