A Polícia Federal determinou que o ex-ministro da Justiça, Anderson Torres, faça a devolução de aproximadamente R$ 120 mil em salários recebidos durante o período em que esteve detido. Como delegado da PF, ele recebia uma remuneração mensal de cerca de R$ 30 mil. Torres foi preso por 117 dias no Batalhão de Aviação Operacional da Polícia Militar, localizado no Guará, em Brasília, por suspeita de omissão nos atos antidemocráticos ocorridos em 8 de janeiro.
A decisão da PF está embasada em uma nota técnica de 2013 do Ministério do Planejamento, a qual estabelece que a remuneração de servidores públicos federais pode ser suspensa em caso de prisão preventiva. Torres é delegado de carreira da PF desde 2003, acumulando 20 anos de serviço. Mesmo após sua prisão, ele continuou recebendo seu salário mensal.
O ex-ministro foi preso em 14 de janeiro de 2023, em uma investigação que apura sua suposta omissão nas invasões ocorridas em 8 de janeiro, quando ele ocupava o cargo de secretário de Segurança Pública do Distrito Federal. Permaneceu detido até 11 de maio, quando foi solto por ordem do ministro do STF, Alexandre de Moraes, e passou a utilizar tornozeleira eletrônica.
Além do ressarcimento dos salários, Anderson Torres enfrenta um processo administrativo interno na PF que pode resultar em sua expulsão definitiva da corporação.
(Gazeta Brasil)
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