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sexta-feira, 14 de junho de 2019

Gari é condenado a 19 anos de prisão pela morte da ex-companheira em Icó

O Tribunal Popular do Júri voltou a se reunir nesta quinta-feira, em Icó, e condenou o gari, Lucas Sebastião dos Santos, 35 anos, pela morte de sua ex-companheira, Cleane Rodrigues de Lima, que tinha 34 anos. O crime ocorreu na madrugada do dia 21 de fevereiro do ano passado, em uma estrada conhecida por desvio da PRF, localizada no Posto Novo.

Na noite do dia 20, Cleane recebeu uma ligação do ex-companheiro Lucas e saiu para um encontro. Nas primeiras horas do dia 21, ela foi encontrada morta, enforcada com uma corda às margens da estada, nas imediações de um Bueiro.

Policiais civis iniciaram investigações e em poucas horas prenderam o gari, que entrou em contradição, dizendo que Cleane era quem teria pedido para ser morta.

O feminicídio foi premeditado e Lucas já tinha tentado matar a mulher, no dia 1º de maio de 2017, no bairro Alto Joaninha Sobral, pela madrugada.

Depois de destelhar a casa da ex-companheira, ele a agrediu com uma facada na mandíbula.

No dia 30 de maio deste ano, ele já havia sido julgado por tentativa de feminicídio e condenado a 8 anos e 3 meses de reclusão.

Quando sofreu a tentativa de feminicídio, Cleane fez uma queixa-crime contra o gari e estava com medidas protetivas, chegando a retirar em seguida a ação protetiva.

O Ministério Público foi representado pelo promotor de Justiça, Daniel Formiga Porto. Ojuiz de Direito, da vara única, Francisco Ireilton Bezerra Freire,face a ausência de defensor público na comarca há muito tempo, nomeu os advogados dativos, Kerginaldo Cândido e Halisson Teixeira, para patrocinar a defesa do gari.

A defesa alegou violenta emoção, enquanto o MPCE foi taxativo em quatro qualificatórias, motivo fútil, meio cruel, recurso que dificultou a defesa da vítima e feminicídio, o que foi acatado pelos jurados.

Ao final, o juíz Francisco Ireilton leu a sentença condenatória de Lucas Sebastião, que foi condenado a 19 anos de reclusão, inicialmente em regime fechado.

O magistrado Francisco Ireilton Bezerra Freire destacou que quando transitado e julgado, unifica as penas. Com a unificação, o gari passará a ter uma pena de 27 anos e 3 meses de reclusão.

O crime na época chocou a população de Icó. O gari já se encontra na cadeia de Icó.

Com colaboração de Richard Lopes.

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