Neymar, seus pais, o presidente do clube catalão, Josep Maria Bartomeu, e seu antecessor Sandro Rosell serão julgados na Espanha por fraude.
O juiz encarregado de julgar na Espanha o atacante Neymar pelas irregularidades de sua transferência do Santos ao Barcelona acredita que o brasileiro poderá ser condenado a até seis anos de prisão, informaram, nesta quarta-feira (31), fontes judiciais próximas ao caso.
Neymar, seus pais, o presidente do Barcelona, Josep Maria Bartomeu, e seu antecessor Sandro Rosell serão julgados na Espanha por fraude.
O caso emana de uma denúncia do grupo brasileiro DIS, ex-dono de parte dos direitos federativos do jogador e que se considera prejudicado na transferência de Neymar do time paulista para a equipe catalã.
Nesta quarta, o juiz José María Vázquez Honrubia considerou que a acusação feita pelo DIS pelo delito de "fraude" pode acarretar "de quatro a seis anos de prisão" para jogador, segundo um relatório do magistrado ao qual a AFP teve acesso.
Como o jogador pode receber sentença superior a cinco anos de prisão, a legislação espanhola obriga o julgamento a ter três juízes, o que poderia atrasar ainda mais o início do julgamento, que segue sem data para começar.
O caso veio à tona depois que o DIS se considerou prejudicado pela venda de Neymar do Santos ao Barcelona.
Em um primeiro momento, o Barcelona divulgou que a contratação de Neymar teria custado 57,1 milhões de euros ao clube (40 milhões à família de Neymar e 17,1 para o Santos), mas a justiça espanhola calcula que o verdadeiro valor da transferência seria de 83,3 milhões de euros.
O DIS, que recebeu 6,8 milhões de euros dos 17,1 pagos ao Peixe, acusa o Barcelona e Neymar de ocultarem o valor real da negociação.
O Ministério Público espanhol apresentou pedido de dois anos de prisão para Neymar, que, em depoimento à justiça espanhola, se defendeu das acusações, afirmando que apenas se concentrava em jogar futebol e que confiava cegamente nas decisões de seu pai, que também é seu empresário.
(Diário do Nordeste)
Foto: Miguel Schincariol / AFP
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