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A Divisão de Homicídios da Baixada Fluminense (DHBF) vai chamar o ex-namorado de Kelly Gisele da Silva, de 15 anos, para prestar depoimento sobre a morte da adolescente. Ela foi encontrada morta na tarde desta terça-feira, em Queimados, na Baixada Fluminense, com cerca de dez tiros nas partes íntimas. A família da vítima suspeita de que esse ex-namorado, que é militar, seja o responsável pelo assassinato.
Apesar disso, o delegado do caso, Evaristo Pontes, confirmou que o suspeito apontado pelos parentes estava no quartel no momento do crime. Entretanto, o militar será chamado para depor com o objetivo de dar mais esclarecimentos sobre seu envolvimento com Kelly.

— A vítima levou muitos tiros nas pernas e, principalmente, na região da vagina. Já ouvi muitas testemunhas no local do crime e não dá para descartar nenhuma linha de investigação no momento. O suspeito apontado pela família realmente estava no quartel na hora do crime, como já consegui comprovar. Mas, vou chamá-lo para depor para esclarecer algumas dúvidas — declarou o delegado Evaristo Pontes.
Uma das outras linhas de investigação da DHBF é de algum desentendimento de Kelly com o tráfico da região. Testemunhas contaram para a polícia que ela já teria se relacionado com um traficante.
Nas redes sociais, amigos lamentaram a morte da jovem com mensagens de luto e trechos de músicas evangélicas. A garota será enterrada na manhã desta quinta-feira no cemitério Vale da Saudade, no bairro São Sebastião, em Queimados. Não haverá velório.

— Era uma garota boa. Bonita. Vaidosa como todas as meninas da idade dela. Uma tragédia isso — afirmou Miguel Novais.
A DHBF pede que quem tenham informações sobre o autor do crime ou alguma pista que entre em contato com o Disque-Denúncia através do telefone 2253-1177.




















"Tem um pouco a ver com o fato de ter crescido no centro de São Paulo, na Rua Maria Antônia, que já foi palco de grandes batalhas políticas. O mundo intelectual é muito presente ali, e minha infância teve muito a ver com isso. A Maria Antônia é um corredor entre os dois mundos. O centro antigo, que um dia foi a boca do lixo, e o bairro mais caro e arborizado de São Paulo: Higienópolis. Existiam vários tipos que se encontravam nessa rua: intelectuais, moradores de rua, atores, dondocas... Sempre fiz tudo muito a pé. Comecei a me envolver com a Praça Roosevelt, criei vínculos afetivos fortes com o centro, a vida cultural acontece por lá, em geral. Mas sempre dialoguei com os dois lados, porém tendendo mais pra boca do lixo, naturalmente (risos), tem mais a ver com a minha essência", contou.