O presidente da República, Jair Bolsonaro, classificou como uma “interferência brutal” do Supremo Tribunal Federal (STF) a decisão ministro Alexandre de Moraes que impediu a posse de Alexandre Ramagem como diretor-geral da Polícia Federal, em substituição a Maurício Valeixo.
“Foi mais uma brutal interferência do STF no Executivo, não podemos concordar com isso. Estou sendo paciente e complacente demais, não quero dar soco na mesa e afrontar ninguém, mas peço que não afronte o Poder Executivo”, falou o presidente.
Na entrevista, Bolsonaro também disse que o STF errou ao dar autonomia a Estados e municípios no desenvolvimento e aplicação de medidas contra a covid-19. “O STF errou, tinha que ter uma orientação governamental, eu poderia fazer um conselho, fazer as políticas”, explicou.
O presidente também afirmou que “não existe intervenção militar” no Brasil. “Como darei um golpe se sou presidente da República e chefe supremo das Forças Armadas?”, argumentou Bolsonaro.
Segundo disse Bolsonaro, “nós, os militares, jamais cumpriríamos ordens absurdas, mas também jamais aceitaríamos um julgamento político para destituir um presidente democraticamente eleito”. “Nós, militares das Forças Armadas que eu também sou, somos os verdadeiros responsáveis pela democracia neste País”, afirmou Bolsonaro.
Para o presidente, a interpretação do “artigo nº 142 (da Constituição Federal) não precisava que o ministro (do Supremo Tribunal Federal) Luiz Fux, monocraticamente, atendesse ao pedido do PDT, um partido que tem ligação com o Partido Comunista Chinês, para dizer qual o papel das Forças Armadas”.
Fonte: Zero Hora
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