A Polícia Federal, em conjunto com a Inteligência da Caixa Econômica Federal, realiza em São Paulo e no Ceará, de forma simultânea, nesta quarta-feira (10) a “Operação Covideiros”. A ação visa combater fraudes relativas a saques indevidos do benefício social denominado Auxílio Emergencial, para socorrer famílias durante a pandemia do novo Covid-19 no país. No Ceará, estão cumpridos mandados de busca e apreensão em três cidades: Morrinhos, Russas e Quixeré.
Participam da ação mais de 40 policiais federais, além de integrantes da Inteligência da CEF. Os policiais federais estão cumprindo oito mandados de busca e apreensão, sendo cinco em São Paulo e três no Ceará, além de dois mandados de prisão temporária (todos em São Paulo), expedidos pela 4ª Vara criminal da Justiça Federal de São Paulo/SP.
Além disso, equipes da PF e da Caixa realizam o monitoramento estratégico, em tempo real, de salas de autoatendimento de agências da Caixa
Os crimes são cometidos por uma associação criminosa que atua da seguinte forma: os dados de cartões cidadãos pertencentes a reais beneficiários são clonados em casas lotéricas localizadas no Ceará. Em sequência, são produzidos cartões clonados com tais dados no estado de São Paulo. Posteriormente, as senhas vinculadas aos cartões clonados são recadastradas em casas lotéricas localizadas na zona leste de São Paulo, Capital.
Saques nos caixas
De acordo com a PF, os funcionários dessas casas lotéricas são cooptados pela associação criminosa, recebendo instruções remotamente e recebem parte dos lucros gerados com as fraudes).
A clonagem dos cartões e o recadastramento das suas respectivas senhas possibilitam que os fraudadores efetivem os saques e impedem que o verdadeiro beneficiário receba o valor que lhe é de direito. Por fim, são arregimentadas pela quadrilha pessoas que, de posse de inúmeros cartões clonados, dirigem-se ao autoatendimento de agências bancárias, em horários de pouca movimentação, e realizam os saques com os cartões clonados.
Os investigados responderão por furto qualificado e associação criminosa, podendo pegar até 11 anos de prisão.
(Fernando Ribeiro)
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