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terça-feira, 19 de fevereiro de 2019

Ceará registra quatro óbitos causados por Aids em 2019



A atenção aos métodos preventivos da Síndrome da Imunodeficiência Adquirida (Aids) deve ser reforçada durante o período de festividades no início do ano, como o "Pré" e o Carnaval
 (Foto: Rovena Rosa/Agência Brasil)

O Ceará já registrou os primeiros óbitos causados por Aids em 2019, de acordo com a planilha de doenças de notificação compulsória da Secretaria da Saúde do Ceará (Sesa).

Até o dia 9 de fevereiro, período referenciado no documento estadual, quatro óbitos por Aids aparecem nos municípios de Sobral, Crateús, Jaguaretama e Lavras da Mangabeira. Em 2018, o Estado todo registrou 247 óbitos pela doença, segundo o Boletim Epidemiológico de HIV/AIDS 2018, também de autoria do Órgão estadual.


O infectologista Anastácio Queiroz comenta que, quanto mais se demora para descobrir a infecção, mais riscos e complicações o soropositivo tem de enfrentar por conta do HIV/Aids. "Às vezes, a doença já evoluiu tanto que, mesmo fazendo o tratamento, o indivíduo não consegue recuperar a saúde", complementa o especialista.

O Núcleo de Vigilância Epidemiológica, da Coordenadoria de Vigilância em Saúde da Sesa, reverbera o discurso sobre a necessidade de um diagnóstico breve. E complementa, informando que, para além desse fator, a "não adesão ao tratamento medicamentoso e abandono de tratamento" são outros potenciais causadores de óbito.


Dificuldade no tratamento

O vírus HIV possui muitas mutações, e por isso, a medicação retroviral do paciente pode estar errada, em alguns momentos. Assim, efeitos colaterais (como náuseas e vômitos) podem afetar diretamente a regularidade do tratamento.

Contudo, o Núcleo de Vigilância Epidemiológica alerta que, "atualmente, as drogas adotadas para o tratamento do HIV causam menos efeitos colaterais nos pacientes". Por isso, "é importante o acompanhamento regular para que o médico possa avaliar os efeitos colaterais e adequar o melhor tratamento", explica.

Conscientização

A época de "Pré" e Carnaval, historicamente, requer ainda mais atenção em relação ao contágio de HIV/Aids. Conscientização e prevenção são duas das principais estratégias para evitar a transmissão.

"Mesmo nos dias de folga e de folia, é preciso ter atenção com a saúde. A alegria de conhecer pessoas novas deve ser acompanhada de medidas de prevenção, para poder curtir o carnaval com segurança", ressalta Telma Martins, articuladora do Grupo de Trabalho de IST/ Aids da Sesa.

Fonte: Diário do Nordeste


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