Policiais civis, agentes penitenciários e vigilantes particulares poderão, de uma só vez, deflagrar greve no Ceará nestas últimas semanas do ano, período considerado crítico para a Segurança Pública por conta do aumento de casos de roubos (assaltos). As três categorias estão insatisfeitas por conta de questões salariais.
O Sindicato dos Policiais Civis do Ceará (Sinpol) deverá, até o fim desta semana, repassar para a categoria orientações de como a classe se portará diante da deflagração de uma nova etapa da “Operação Polícia Legal”. O presidente da entidade, Gustavo Simplício, divulgou nas redes sociais, ontem, um vídeo em que pede à categoria para aguardar as orientações que serão dadas a inspetores e escrivães no sentido de pressionar o governo a rever seus salários.
Há quase três meses os policiais civis do ceará estão em estado de greve. Eles querem do governo uma revisão de seus vencimentos e reclamam da diferença muito grande entre seus salários e o dos delegados. Enquanto um escrivão ou inspetor recebe em média R$ 3 mil, um delegado fatura mensalmente acima de R$ 14 mil.
O Sinpol informou que está marcada para a próxima semana uma reunião com representantes do Palácio da Abolição para tratar do assunto. Os policiais denunciam, ainda, estarem sendo desviados de suas funções por conta da superlotação de presos nas delegacias. Vários deles já ficaram feridos ou se transformaram em reféns durante fugas, resgates e motins nas DPs.
Vigilantes
Já os vigilantes estão reclamando da falta de pagamento de salários e das parcelas do 13º. As empresas de segurança privada que prestam serviço de vigilância particular em escolas públicas e outros órgãos, não teriam recebido o repasse financeiro dos contratos e os funcionários estão sem receber seus vencimentos.
Na manhã de ontem, a categoria fez um protesto no Paço Municipal de Fortaleza, onde está localizado o gabinete do prefeito Roberto Cláudio. Houve confusão e os vigilantes entraram em confronto com a Guarda Municipal de Fortaleza (GMF) e a Polícia Militar. Alguns guardas afirmaram ter sido agredidos e teve até feridos no incidente.
Agentes
Os agentes penitenciários também estão em conflito com o Governo Estadual. A categoria afirma que o governador Camilo Santana (PT) não honrou o compromisso de majorar a gratificação por serviços especiais (de alto risco). Uma assembléia-geral extraordinária está marcada para acontecer no próximo sábado, a partir das 9 horas. A categoria não descarta a possibilidade de cruzar os braços, o que pode gerar um clima de completa desordem nas unidades do Sistema Penal do estado.
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