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sexta-feira, 23 de outubro de 2015

Pizzolato chega ao Brasil para cumprir pena do mensalão 2 anos depois de condenação


O ex-diretor do Banco do Brasil, Henrique Pizzolato, ao ser extraditado da Itália para o Brasil (Foto: Jamil Chade/Estadão Conteúdo)

Condenado a 12 anos e sete meses de prisão por corrupção passiva, peculato e lavagem de dinheiro no mensalão, o ex-diretor de marketing do Banco do Brasil Henrique Pizzolato chegou a São Paulo na manhã desta sexta-feira (23).

O voo de carreira da TAM com o ex-diretor pousou no aeroporto de Guarulhos às 6h25 –com 45 minutos de atraso.

Pizzolato não passou pela área de desembarque do terminal junto com os demais passageiros de seu voo.

Carros da Polícia Federal aguardavam o ex-diretor na pista de pouso. Pizzolato foi levado à delegacia da corporação dentro do aeroporto para trâmites burocráticos e logo em seguida, às 7h15, embarcou para Brasília a bordo de um avião da PF.

Na capital, fará exame de corpo de delito e depois será encaminhado para a penitenciária da Papuda, onde cumprirá pena.

O engenheiro Cornélio Antonio Pereira, 53, que estava no mesmo voo de Pizzolato, disse que a viagem foi tranquila e que o ex-diretor não foi alvo de protestos.

"Definitivamente não foi hostilizado", resume.

Segundo Pereira, houve apenas uma "pequena vaia" a Pizzolato quando o avião já estava em Guarulhos.

FUGA

O ex-diretor fugiu para a Itália–país do qual também é cidadão– em novembro de 2013, logo após seus último recurso contra sua condenação ser rejeitado.

Na fuga, via Argentina e Espanha, o condenado usou documentos de um irmão, já morto.

Pizzolato foi preso na Itália em fevereiro de 2014 na cidade de Maranello, no norte do país.

Em setembro, a Itália autorizou a extradição do ex-diretor. Ele então recorreu à Corte Europeia de Direitos Humanos, que rejeitou seu recurso no dia 6 de outubro.

Pizzolato seria enviado ao Brasil no dia 7, mas a Justiça italiana, cedendo a pressão de parlamentares contrários à extradição de um conterrâneo para cumprir pena no Brasil, adiou a entrega do condenado em 15 dias, prazo que expirou nesta quinta (22).

A defesa do ex-diretor alega que as prisões brasileiras não têm condições de garantir os direitos básicos dos apenados.

Fonte: Folha.com

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