Os adolescentes em conflito com a Lei que estão internados nos Centros Educacionais de Fortaleza podem ser transferidos para um presídio que foi construído no Complexo Penitenciário de Itaitinga para receber militares, mas está desocupado. A possibilidade foi apresentada, na noite de ontem, pela vice-governadora Izolda Cela ao juiz da 5ªVara da Infância e Juventude, Manuel Clístenes de Façanha e Gonçalves. O magistrado disse que considera uma boa opção e irá fazer vistorias no local para constatar se o equipamento tem condições de receber os menores.
Segundo Clístenes Gonçalves, caso a transferência seja efetivada, acontecerá de modo excepcional e temporário. "Praticamente todos os Centros estão destruídos, porque passaram por repetidas rebeliões. Não podemos fazer estas reformas com os adolescentes lá. Já tentamos e tivemos experiências muito negativas. Vamos ver se existe o mínimo de condição de o presídio receber esses adolescentes e tentar um convencimento com o Poder Judiciário de Itatinga para que eles recebam os meninos na comarca", explicou o juiz.
O magistrado diz que a medida precisa ser colocada em prática porque o sistema que recebe os infratores está muito comprometido. Somente na última semana foram registrados mais de dez incidentes, entre rebeliões, motins e fugas. No mesmo período, 16 adolescentes conseguiram escapar do Centro Educacional Dom Bosco, durante dois princípios de confusões.
Ontem, ocorreram três tumultos, incluindo uma ameaça de greve de fome dos internos do Centro Educacional Dom Aloísio Lorscheider (Cecal). "Eu não sei em que estágio o sistema está agora, porque de colapso já passou. Saiu do controle totalmente", afirmou Gonçalves.
O juiz baixou três portarias e enviou uma série de ofícios pedindo providências à STDS. Entre as determinações das três portarias está a proibição de que o sistema receba adolescentes que cometeram atos infracionais leves, oriundos do Interior.
Fonte: DN
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