A bonança do dinheiro público está se exaurindo e a presidente Dilma Rousseff sente a pressão da escassez de recursos para manter em funcionamento programas sociais que a deram sustentação para a conquista, em 2014, do segundo mandato. Programas sociais como Farmácia Popular, Minha Casa, Minha Vida, FIES, Pronatec e Aquisição de Alimentos entram na tesoura do orçamento de 2016.
A crise econômica e o ajuste fiscal levaram o Governo Federal a fazer cortes em pelo menos sete programas sociais, alguns exibidos como bandeiras de campanha à reeleição de Dilma Rousseff. Somente em dois deles (Pronatec e Aquisição de Alimentos) os gastos previstos, para 2016, caíram R$ 2,487 bilhões em relação à previsão de despesas deste ano.
Os deputados federais e senadores do Ceará ainda não sabem a dimensão real desses cortes, nem como será o impacto das medidas do ajuste fiscal no Orçamento da União de 2016 e como as famílias pobres dos 184 municípios cearenses irão ser atingidas com a redução de subsídios e investimentos na área social da União. Os cortes são bem abrangentes.
A tesoura está afiada e o Governo Federal cortou, no orçamento do próximo ano do Farmácia Popular, R$ 578 milhões para subsídios na compra de medicamentos vendidos na rede conveniada, o que permite descontos de até 90% no preço dos remédios. Dilma, que chegou a prometer que a área social seria poupada, já admitiu cortes no setor. O Governo quer manter a doação de remédios vai continuar, mas acabará o subsídio de R$ 578 milhões, que garantiam descontos nas farmácias e drogarias da rede privada com a identificação “Aqui tem farmácia popular”.lindomarrodrigues.com.
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