Uma triste lembrança é feita nesta quarta-feira pelo Site Miséria ao mergulhar no túnel do tempo. Há exatos 20 anos o tombo de um ônibus numa das curvas da CE-292, na descida da Serra do Araripe em Crato, deixava o saldo negativo de 17 pessoas mortas e 34 feridos. Eram romeiros de Imperatriz (MA) que seguiam para Canindé, mas, antes, passariam por Juazeiro. A tragédia aconteceu no finalzinho da tarde nas imediações do Posto da PRE (Polícia Rodoviária Estadual).
Faltou freio no coletivo que desceu ribanceira na altura de 100 metros com muitas pedras e árvores. No caminho aberto, um verdadeiro rastro de destruição com pedaços do ônibus e bagagens dos romeiros. Na época, sobreviventes disseram que o veículo tombou várias vezes e 12 passageiros morreram no local. Foi uma verdadeira “operação de guerra” quando policiais militares e mais 20 homens do Corpo de Bombeiros de Juazeiro e Crato atuaram no recolhimento dos corpos e socorro aos feridos.
De início, sete corpos foram retirados das ferragens e trazidos ao Centro de Velório da Funerária Anjo da Guarda em Juazeiro. Depois e com a ajuda de um guincho, os PMs resgataram outros cinco corpos, que estavam sob o veículo. No Hospital São Francisco de Crato mais cinco pessoas morreram, sendo algumas antes de receberem atendimento. Foi uma noite de grande movimento naquele hospital para onde foram levados 14 passageiros.
Não era diferente no Hospital São Raimundo de Crato que recebeu 16 pacientes. Em Juazeiro, o Hospital de Fraturas e Ortopedia do Cariri atendeu mais quatro passageiros. Em todos esses hospitais, os telefones não paravam de tocar quando familiares e amigos buscavam informações sobre a relação dos pacientes e o estado de saúde.
O ônibus da Viação Catalão tinha saído de Imperatriz (MA) na noite anterior com 49 passageiros incluindo 10 crianças e os dois motoristas. O roteiro da viagem prevista para àquele feriadão incluía visitas aos centros de turismo religioso de Juazeiro e Canindé e, depois, passagens por praias de Fortaleza. A viagem estava devidamente autorizada e, no momento do acidente, o veículo era guiado por Francisco de Castro Pereira, que morreu no local.
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