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segunda-feira, 13 de novembro de 2023

Trilhos da Transnordestina avançam pelo sertão iguatuense

Foto Jornal A Praça 
Em Iguatu, a chegada dos trilhos da ferrovia Transnordestina avança sertão a dentro na região do distrito de José de Alencar. A localidade, que já foi cortada pela antiga estrada de ferro, volta a ser movimentada agora com a espera do trem, só que de carga.

Com o vai e vem da locomotiva carregada de trilhos, dormentes, a buzina alta e forte faz com que moradores relembrem saudosos do tempo em que a comunidade tinha uma estação que era movimentada com a passagem do trem. “A gente volta a recordar as coisas do passado, a gente volta a nossa origem, vendo o trem novamente passando aqui pelo Alencar. 

Embora não seja o trem de passageiros como se costumava ver. A gente visitava os parentes em Fortaleza, e tinha um preço acessível que dava para as pessoas andar de trem. Daqui a gente ia para o Cedro, para Várzea da Conceição. Era muito bom”, relembrou a agricultora Gorete Freire, 51, moradora da comunidade.

As boas recordações afloram com a chegada dos trilhos. “A gente ficava aguardando aquele momento de o trem parar aqui no Alencar. Quando escutava de longe o apito, a gente criança corria para estação ver o povo. As pessoas que vinham de Juazeiro. 

Os que iam daqui para fora. No tempo das festas de São Sebastião, vinham também os romeiros. A gente ficava aguardando ansiosa a chegada deles no trem”, relembrou.

Ainda para a moradora, era emocionante ver a saída, a cada partida, crianças, adultos, quem tivesse pela estação acenava para os passageiros que seguiam cortando o sertão até os destinos. “Era um momento muito gratificante na nossa vida. A gente quando criança ficava esperando o trem para acenar para os passageiros. 

O que a gente está vivendo agora é uma volta ao passando, lembrando de toda aquela história que a gente viveu. Com a chegada desses trilhos, com a passagem do trem carregado de material, de dormentes, tudo isso traz recordações. Ainda mais quando para quem nasceu e cresceu na comunidade e vê tudo isso. Hoje, estou com 51 anos de idade, nasci e me criei aqui no Alencar”, destacou a agricultora.

Com informações do Jornal A Praça.

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