A embaixada de Israel no Brasil mostrou na 4ª feira (1º.nov) um vídeo amplo dos ataques de 7 de outubro, feitos pelo grupo extremista Hamas. São 43 minutos de cenas extremamente fortes captadas por câmeras corporais do Hamas, celulares, câmeras de segurança e pelas investigações em curso. É a sequência mais longa já divulgada por Israel até o momento.
As imagens até então foram captadas sobretudo em estradas e em kibbutzim. Kibbutzim são fazendas comunitárias muito comuns no sul do país, próximo à Faixa de Gaza.
As novas imagens mostram os ataques contra a rave Universo Paralello, que deixou 260 mortos. Mostram também a invasão a um kibbutz em que terroristas do Hamas matam um pai na frente dos filhos; uma ligação de um combatente aos seus pais comemorando assassinatos; decapitações; corpos carbonizados; e bebês ainda de fraldas mortos.
A embaixada não tornou a íntegra do vídeo de 43 minutos pública. Disse que famílias das pessoas assassinadas não concordaram em divulgar. Também há corpos que ainda não foram identificados, sobretudo os carbonizados. Há trechos divulgados, como este.
O embaixador no Brasil, Daniel Zonshine, disse que as imagens seriam mostradas para que as pessoas não se esqueçam da natureza dos ataques, sempre descritos pelo corpo diplomático como “chocantes“. Há cenas brutais, como terroristas do Hamas usando uma enxada para decapitar um judeu. Dois homens se alternam na tarefa.
Zonshine compara o modus operandi do Hamas ao Estado Islâmico, grupo considerado terrorista pela ONU (Organização das Nações Unidas) que ganhou fama pela brutalidade que lidava com seus oponentes e posicionamentos ultra conservadores sobre a moral e os costumes.
Um dos motes de Israel na guerra é a frase em inglês “Hamas is Isis“, que significa “Hamas é o Estado Islâmico“. Antes de o vídeo começar, Zonshine a repetiu: “Vocês vão ver por vocês mesmos. Hamas is Isis".
Assassinatos
O vídeo de 11 minutos começa com cenas de celulares e câmeras corporais dos terroristas do Hamas entrando em Israel. Eles param em uma rodovia e acenam para os carros vestidos com uniformes com adereços usados por forças segurança. Quando os veículos baixavam a velocidade, eram fuzilados.
Há uma espécie de protocolo do ataque que se repete em diversas cenas mostradas. Depois dos primeiros tiros em um morador de Israel, combatentes disparam contra a cabeça para ter certeza que a pessoa está morta.
Diversos veículos de pessoas assassinadas foram usados pelos extremistas para se deslocarem e continuar com o ataque. Outros foram queimados com corpos dentro. Há imagens de carros sendo encharcados com gasolina e depois incendiados. Sempre com corpos dentro.
Há uma longa sequência da entrada de uma dupla de terroristas do Hamas em um kibbutz. Ao chegar, eles disparam e matam cachorros do local. Repetem o protocolo. Depois do primeiro tiro, um segundo na cabeça.
As imagens corporais dessa dupla foram mescladas com outras da rede de segurança de uma casa. Mostram um pai correndo de cuecas com seus 2 filhos de aproximadamente 10 anos para um bunker. Tão logo ele chega na porta do bunker, disparam uma granada e ele morre. Os filhos são levados para a casa pelos terroristas.
Uma das crianças ficou com o olho pendurado para fora, provavelmente pelo impacto da explosão. A outra repete: “Por eu estou vivo? Vocês mataram meu pai“. As câmeras de segurança também captam o momento que a mulher do homem assassinado chega em casa e entra em estado de choque ao vê-lo morto.
Uma decapitação é filmada. Dois terroristas usam uma enxada para tirar a cabeça de um homem que agonizava. São desferidos ao menos de 5 golpes. Eles repetiam “Allahu Akbar“, que quer dizer “Alá (ou Deus) é o maior”.
Foram mostradas fotos de bebês que ainda usavam fraldas mortas e com sinais de violência contra seus corpos. Uma ligação feita por um dos extremistas de um celular israelense foi gravada. Ele fala com os pais e pede que olhem as mensagens que ele tinha enviado. E fala: “Seu filho é um herói. Matou mais de 10 judeus com as próprias mãos“. Os pais se dizem orgulhosos.
Poder 360
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