A enfermeira Amina Nahan e o marido Farred, sobreviventes do terremoto que matou mais de 35 mil pessoas na Turquia, estão recomeçando a vida na cidade de Missão Velha, no Cariri cearense, como refugiados após o retorno ao Brasil em fevereiro deste ano.
Nesta terça-feira (20), data em que se comemora o Dia Mundial do Refugiado, Amina falou sobre a condição de ser refugiada no próprio país.
"Esse dia é muito importante para a conscientização das pessoas, para que quando eu veja o Farred ou outro refugiado qualquer, eles olhem e vejam um ser humano que precisa de acolhimento”, falou Amina Nahan.
Natural de Juazeiro do Norte, a enfermeira prestava serviço humanitário na Turquia, onde morava com o marido. Com o terremoto, o casal perdeu a casa e todos os bens que tinham nela. Há quatro meses eles foram morar no município de Missão Velha, mas estão desempregados e sobrevivem com doações.
“O refugiado nada mais é do que um migrante forçado. Ele não é aquele migrante que pega as coisas dele e vai tentar uma vida nova. Ele é o migrante, mas por sua vez ele é forçado por causas religiosas, por conflitos armados, por perseguições. Até coisas horríveis em relação aos direitos humanos, que eles ficam totalmente sem os direitos humanos e é uma maneira de sobreviver", disse Amina.
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