A Guarda Costeira dos EUA afirmou em coletiva de imprensa nesta tarde (21) que mais ruídos foram detectados na área de busca pelo submarino Titanic, que desapareceu no último domingo (18). Segundo os oficiais, a aeronave canadense P-3 registrou ruídos submarinos na terça e quarta-feira, o que levou as equipes de resgate a se concentrarem em uma área remota do Atlântico Norte. No entanto, a origem dos ruídos ainda não foi identificada e os especialistas alertam que eles podem não ter relação com a embarcação desaparecida.
O capitão da Guarda Costeira, Jamie Frederick, afirmou que a análise dos ruídos foi “inconclusiva”. Buscas com veículos operados remotamente (ROV) foram deslocadas para a área onde os ruídos foram registrados na esperança de encontrar pistas sobre o paradeiro do submarino. De acordo com a Guarda Costeira, o Titan pode ter menos de 16 horas de oxigênio restantes.
A OceanGate, operadora do submarino Titan desaparecido, afirma que os cinco passageiros a bordo tinham uma reserva de ar respirável de 96 horas. No entanto, especialistas apontam que o tempo de suprimento de oxigênio pode variar de acordo com diversos fatores. Por isso, as equipes de busca e salvamento estão mobilizando mais navios e embarcações subaquáticas. Na quarta-feira, três delas já chegaram ao local, sendo que uma possui recursos de sonar de varredura lateral. A área de busca é enorme, abrangendo o dobro do tamanho de Connecticut com profundidade de 4 km, de acordo com o capitão Frederick da Guarda Costeira dos EUA.
Documentos revelam que o operador do submarino, a OceanGate, foi alertado sobre a possibilidade de ocorrerem graves problemas de segurança em decorrência da forma como o navio experimental foi desenvolvido. Segundo David Lochridge, diretor de operações marítimas da OceanGate, em um processo movido em 2018, os testes e certificações realizados pela empresa eram insuficientes e colocavam os passageiros em um “perigo extremo potencial” em um submersível experimental.
(Gazeta Brasil)
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