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| Foto Diário do Nordeste |
Em que momento da vida perdemos o direito de viver? Qual é a idade-limite para estudar? Trabalhar? Amar? Quando é que o ano de nascimento passa a valer mais do que a vontade e a capacidade de realizar? Que sentido, afinal, o etarismo tem?
Na última semana, o tema entrou em pauta quando três universitárias publicaram um vídeo debochando de uma colega de 42 anos de idade, afirmando que “era pra estar aposentada” e que com “40 anos não pode mais fazer faculdade”.
“TODOS TÊM DIREITO À VIDA”
Révia Herculano, 73 anos, escritora, professora. Cadeira 36 na Academia Cearense de Letras. Nove livros publicados. Graduada, pós-graduada, aposentada. Inquieta. “Achei que tava faltando o mestrado, porque o saber é algo que leva a gente adiante”, responde sobre o que a motivou a retornar à vida acadêmica já na terceira idade.
Já se passaram três semestres e várias “notas 10” desde que veio a aprovação no Programa de Pós-Graduação em Letras da Universidade Federal do Ceará (UFC) – e, felizmente, nada disso veio acompanhado por preconceito.
Minhas colegas e professores me aceitam muito bem, gostam da minha opinião, respeitam. Estar lá é algo que me agrada. Tô realizada, está tudo dentro dos meus sonhos.
RÉVIA HERCULANO
73 anos
https://elberfeitosa.blogspot.com/

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