A ação apresentada pelo presidente Jair Bolsonaro ao STF (Supremo Tribunal Federal) para que a corte seja proibida de instaurar uma investigação sem aval da PGR (Procuradoria-Geral da República) foi classificada nos bastidores do tribunal como despropositada e sem chance de prosperar.
Em conversas reservadas, ministros afirmaram que a medida expõe a contradição do governo em relação ao tema, uma vez que a AGU (Advocacia-Geral da União) se posicionou a favor do inquérito das fake news quando o plenário do tribunal avalizou a apuração, em junho do ano passado.
A avaliação de integrantes da corte é que o próprio chefe do Executivo sabe que será derrotado, mas decidiu protocolar a ação para animar sua militância, que costuma fazer críticas e, às vezes, ataques infundados à atuação do Supremo.
Após a rejeição da Câmara à proposta que instituía o voto impresso, o presidente mudou de estratégia e passou a defender o impeachment dos ministros Alexandre de Moraes e Luís Roberto Barroso como forma de manter seus eleitores ativos na disputa que trava com o STF.
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