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domingo, 30 de maio de 2021

Ato contra Bolsonaro em Juazeiro do Norte é encerrado após tensão com policiais

Cerca de cem pessoas, entre estudantes, integrantes de sindicatos trabalhistas e membros de partidos políticos realizaram manifestação, na manhã deste sábado, 29, contra o presidente da República, Jair Bolsonaro (sem partido), em Juazeiro do Norte, a 489.2 km de Fortaleza. O protesto também reivindicou vacinas para a imunização da população.

A manifestação teve início na praça da Prefeitura da cidade, por volta das 8 horas. Segundo Ivaneide Severo Goiana, membro do Movimento de Mulheres do Cariri e uma das organizadoras do protesto, os militantes ficaram surpresos com o forte aparato policial presente no local. “Quando chegamos, os policiais nos orientaram quanto à necessidade do cumprimento das normas sanitárias para conter o avanço da Covid-19, mas, ao mesmo tempo, intimidaram o motorista do carro de som que foi embora. Tivemos que conseguir outro carro de som para iniciar a manifestação”, explica.

De acordo com Ivaneide, os policiais intimidaram os militantes com constantes ameaças de dispersão do grupo e prisão dos líderes. “Nós estávamos cumprindo todas as medidas sanitárias. 

Disponibilizamos para os manifestantes máscaras e álcool em gel, mas os policiais alegaram que estávamos fazendo aglomeração e que, por isso, o protesto deveria ser encerrado,” conta Ivaneide.

Mesmo com a tensão entre policiais e militantes, o grupo resolveu percorrer a avenida São Pedro, em direção à praça Padre Cícero. “Quando estávamos a um quarteirão da praça, fomos cercados pelos policiais, que intensificaram as ameaças de prisão e da utilização de gás lacrimogênio. Nesse instante, para garantir a integridade de nosso grupo, a comissão organizadora decidiu encerrar a manifestação,” afirma Ivaneide.

Mesmo com o encerramento prematuro do protesto, ela considera que a manifestação foi positiva. “Atingimos nosso objetivo, que era denunciar o governo Bolsonaro, e tivemos forte apoio da população local, que entendeu que estávamos ali não por opção, mas sim por necessidade,” finaliza.

Com informações do O Povo.

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