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quinta-feira, 27 de maio de 2021

Alta de até 14,5% na conta de luz para quem explora o poder do sol no Ceará. Energia solar já evitou a emissão de mais de um milhão de toneladas de CO no Brasil

 

Contas de luz de consumidores que produzem própria energia terão alta de até 14,5% no Estado do Ceará; imposto pelo “uso dos fios”

Apesar de todos saberem como o Estado do Ceará é privilegiado com a incidência do sol durante o ano todo. A conta de luz dos consumidores que produzem a própria energia no estado poderá ficar até 14,5% mais cara já a partir deste mês de março.

Isso porque passa a ser cobrado o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) sobre as tarifas de transmissão e distribuição de energia elétrica (TUST e TUSD). Segundo a Secretaria da Fazenda do Estado (Sefaz-CE), a mudança é uma adequação à legislação já vigente.

Com essa nova cobrança o aumento na conta de luz dos mais de 15 mil unidades que produzem sua própria energia, fica mais cara em torno de 15%.

Enel Ceará, por meio de nota, informou que está apenas “cumprindo a legislação tributária vigente no Estado do Ceará

Os questionamentos são vários, dentre estes os que entendem que o ICMS não poderia incidir sobre estas tarifas, mas apenas sobre a energia efetivamente consumida. Outros destacam que o momento é delicado e que o isolamento social e o home office fizeram muitas famílias diminuírem os gastos com lazer, viagens, transporte, alimentação fora de casa e vestuário. No entanto, viram aumentar as contas de supermercado, internet e, especialmente, energia elétrica.

A titular da Sefaz-CE, Fernanda Pacobahyba, esclarece que, em 2015, o Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz) fechou convênio para zerar a alíquota do ICMS sobre a produção própria de energia elétrica. A isenção, no entanto, não inclui a TUST e a TUSD.

“Não teve mudança nenhuma na legislação. A produção continua sendo isenta. Só que, aqui no Ceará, a Enel não fazia a separação desses valores e aplicava a isenção sobre tudo. Nós identificamos e orientamos a empresa a fazer uma alteração no sistema para separar as duas coisas. Aí ela (Enel) começou a aplicar o convênio de forma correta”, detalha.

A Enel Ceará, por meio de nota, informou que está apenas “cumprindo a legislação tributária vigente no Estado do Ceará” e que comunicou antecipadamente os clientes sobre a cobrança. “Sobre o valor retroativo, a empresa informa que está analisando o tema”, acrescenta o texto.

Energia solar no Brasil equivale a meia capacidade instalada da usina hidrelétrica de Itaipu

Segundo dados da Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar), em 2020 a potência instalada de energia solar no Brasil cresceu 64% e chegou a 7,46 gigawatts (GW), o equivalente a meia capacidade instalada da usina hidrelétrica de Itaipu. Desde 2012, essa fonte alternativa trouxe R$ 35 bilhões em novos investimentos e gerou mais de 210 mil empregos. Ao diminuir a necessidade do uso de energia gerada pelas usinas termelétricas, que queimam combustíveis fósseis, a energia solar já evitou a emissão de mais de um milhão de toneladas de CO no país.

Apesar de todas essas vantagens, além de ser mais barata, mais ecológica, mais democrática, exige pouca manutenção, duradoura e silenciosa. O Governo do Estado do Ceará não sensibilizado, resolveu cobrar imposto pelo “uso dos fios”. Isso mesmo, fazendo com que estes consumidores pagassem pelo uso da infraestrutura por qual passa a transmissão da energia gerada por eles, a partir do poder do sol, com o Imposto Sobre Circulação de Mercadoria e Serviços (ICMS).


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