A Universidade Estadual do Ceará (Uece), iniciou, em parceria com a Fiocruz, estudo para desenvolver um medicamento contra a Covid-19 a partir de anticorpos de lhamas. O animal é resistente a variações de temperaturas e tem propriedades eficientes para reconhecer antígenos.
Pesquisa é financiada pela Fundação Cearense de Apoio ao Desenvolvimento Científico e Tecnológico (Funcap) e pela Fiocruz. Estudo tem participação do Haras Claro e outras instituições no Ceará.
Com uma maior possibilidade de utilizar fragmentos de anticorpos do que humanos, o camelídeos (lhamas, alpacas e dromedários) se mostraram favoráveis para auxiliarem no tratamento do novo coronavírus.
Segundo Carla Celedônio, pesquisadora em Saúde Pública da Fiocruz Ceará, as propriedades do anticorpo "são melhoradas em laboratório para viabilizar a formulação de um medicamento. Esses insumos podem ser usados tanto para a terapêutica como para o diagnóstico da doença".
Pesquisa
O estudo já teve início em Rondônia e agora segue seu curso no Ceará. Na Uece, a pesquisa é viabilizada por meio da Faculdade de Veterinária (Favet).
"Os anticorpos das lhamas são mais reativos ao Sars-CoV-2, vírus causador da Covid-19 e a partir da coleta do sangue desses animais, produzimos os nanocorpos que estão sendo utilizados na pesquisa e no desenvolvimento de um medicamento contra a doença. As expectativas são muito promissoras", pontua Dárcio Ítalo Teixeira, vice-reitor da Uece e medico-veterinário.
Os trabalhos serão conduzidos na Plataforma de Anticorpos e Nanocorpos localizada na sede da Fiocruz Ceará.
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