A obrigatoriedade do uso do simulador de direção veicular nos Centros de Formação de Condutores (CFCs), que já causou polêmica em anos anteriores e agora foi novamente estabelecida pelo Conselho Nacional de Trânsito (Contran), na Resolução nº 543, publicada no Diário Oficial da União na última segunda-feira (20), deve encarecer o custo das Carteiras de Habilitação no Ceará. A estimativa do Sindicato dos Centros de Formação de Condutores de Veículos é que o valor médio da carteira da categoria B que hoje é de R$ 1.500 sofra acréscimo de 20%.
Segundo o presidente do Sindicato, Wellington dos Santos, esse aumento é justificado pela aquisição do simuladores, que conforme estabelecido pelo Contran, deve ser utilizado a partir do dia 31 de dezembro deste ano. A regra que já foi estabelecida e revogada outras vezes no território nacional, hoje vigora somente no Rio Grande do Sul, Acre, Paraíba e Alagoas.
Conforme Wellington, nenhuma das 360 autoescolas associadas no Ceará, tem o equipamento que custa, em média, R$ 40 mil. “Somos contra essa medida. Não queremos aumentar nada, mas esse custo vai ser repassado pelos donos de autoescolas para os condutores”, explica.
De acordo com ele, o Sindicato, que até o momento é contra a implantação dos simuladores, deverá organizar a categoria para avaliar qual o posicionamento diante da retomada da obrigatoriedade. Ele diz ainda que a resolução “não tem força de lei” e que a entidade irá articular junto ao Congresso Nacional o estabelecimento de uma norma que regulamente a situação definitivamente no país inteiro.
De acordo com o Ministério das Cidades, o Contran decidiu tornar obrigatória a utilização do simulador de direção veicular nos Centros de Formação, após apelo dos Detrans de todo o país. Com a obrigatoriedade, os candidatos à obtenção da Carteira de Habilitação, na categoria B, ou os condutores que irão mudar de categoria, serão obrigados a fazer, no mínimo, cinco horas/aula, de simulação. Uma delas com conteúdo noturno.
As aulas nos simuladores deverão ocorrer após o aluno ter feito o curso teórico e antes de iniciar a prática nas ruas. A exigência será obrigatória em uma segunda etapa, para os condutores de veículos comerciais, caminhão, ônibus e motos.
DN Online
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