Um jovem é assassinado a cada hora no Brasil
Passados 25 anos da sanção do Estatuto da Criança e do Adolescente
(ECA), a legislação tem como principais desafios, segundo especialistas
ouvidos pela Agência Brasil, a ampliação de recursos a serem investidos
na garantia dos diretos das crianças e dos adolescentes a fim de
reverter indicadores como o de mortalidade de adolescentes entre 16 e 18
anos e o de evasão escolar de jovens no ensino médio.
De acordo com o Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef), o
número de assassinatos de jovens adolescentes no Brasil passou de
aproximadamente três, em 1990, para mais de 24 por dia no ano passado.
“Veja que o país fez uma mudança importante na proteção da vida das
crianças, mas não conseguiu proteger os adolescentes, especialmente, os
negros e os que vivem em comunidades populares”, frisou o coordenador do
Programa Cidadania dos Adolescentes do Unicef, Mário Volpi.
Situação semelhante é verificada em relação à educação das crianças e
dos adolescentes. Após o início da vigência do ECA, o percentual de
crianças matriculadas no ensino fundamental saltou de 80% para mais de
98%, segundo dados do Ministério da Educação, compilados pelo Unicef. No
ensino médio, entretanto, cerca de 50% dos adolescentes entre 15 e 17
não estão no banco escolar.
Agência Brasil
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