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quinta-feira, 17 de julho de 2014

DELEGADA DE CORAGEM;REAGE ASSALTO PRENDE LADRÃO E DIZ;[BATEU DE FRENTE COMIGO É TIRO PORRADA E BOMBA]


"Bateu de frente comigo é tiro, porrada e bomba". Foi assim que a delegada Rosely Baeta Neves, aposentada da Polícia Civil mineira, descreveu em seu Facebook a reação que teve quando um assaltante tentou levar seu carro no bairro Palmares, em Belo Horizonte, na quinta-feira (24). A mensagem, que deu o que falar, é um trecho da música "Beijinho no Ombro", hit da funkeira Valesca Popozuda.
Em entrevista ao UOL, nesta segunda-feira (28), Rosely comentou o episódio e, apesar de enaltecer sua reação, desaconselhou qualquer pessoa a seguir seus passos e reagir a um assalto. "Eu tenho 27 anos de carreira policial. Eu estou acostumada a enfrentamentos. A única coisa na qual pensei foi: eu vou agir no momento oportuno. Eu mantive a calma", disse ela, que se aposentou há oito meses. "Eu não aconselho a ninguém a reagir. O bandido, quando age, está disposto a matar ou morrer." "Ninguém deve reagir. Quem tem o dever disso somos nós, policiais pagos para proteger a sociedade", completou ela. A delegada contou que um homem desceu de uma moto e apontou uma pistola ponto 40 para a sua cabeça, quando ela chegava em casa dirigindo seu carro, um utilitário da marca Mitsubishi. Ela então desceu do carro e se identificou como policial, o que teria assustado o homem, que correu e atirou na direção de Rosely. Ela também atirou, ele fugiu. "Eu como sou predadora, e usando meu instinto policial, agi com frieza, e no momento oportuno, saquei da minha amiga inseparável (minha 45) e sentei o dedo, houve troca de tiro, e graças à Deus e a meu mestre, Dr. Alexandre Fauaz, meu instrutor de tiro, sai ilesa, e o bandido ficou na horizontal", escreveu no Facebook horas depois. Para em seguida citar "a frase da pensadora contemporânea Walesca Popozuda" e as hashtags #aquiépolíciacivilporra e #facanacaveira. Em entrevista ao UOL, ela deu mais detalhes do episódio. "Quando eu dirijo, tenho por hábito colocar a minha arma debaixo da minha perna. Deslizei a mão, peguei a arma e sai do carro com ela, mas com a mão escondida nas costas. Quando fiquei a uma certa distância dele, avisei que era policial e alertei: você não vai levar meu carro", contou. "Comigo é assim mesmo: Tiro, porrada e bomba. Sempre trabalhei na área operacional. Viajei o Brasil inteiro atrás de quadrilhas suspeitas de desvio de cargas. Eu gosto da Valesca", explicou. A assessoria da Polícia Civil informou que o caso será investigado pelo 2º Departamento de Polícia da região Leste, que ainda não recebeu os autos. Ainda não há informações sobre o paradeiro do suspeito e o seu estado de saúde.
Rayder Bragon Do UOL, em Belo Horizonte

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