Google já se pronunciou contra o aplicativo e disse que ele não estará na loja do Glass
Uma start-up baseada em Londres desenvolveu um software capaz de hackear
o Google Glass, fazendo com que os óculos sejam controlados por ondas
cerebrais.
Ao combinar os óculos inteligentes a um aparelho de EEG
(eletroencefalografia) – que faz um registro gráfico das correntes
elétricas desenvolvidas no encéfalo, através de eletrodos aplicados no
couro cabeludo –, o software torna possível tirar uma foto sem mover um músculo.
A start-up This Place disse que a tecnologia pode
ser utilizada em situções em que o usuário sofre muita pressão e
precisa ter as mãos livres, como um médico durante uma cirurgia.
Google Glass já está à venda para o público por R$ 3.300
Eles lançaram o software MindRDR de graça, na esperança de outros programadores adaptarem o software para outras utilidades.
O Google já se pronunciou deixando claro que não apoia o aplicativo.
— O Google Glass não pode ler sua mente. Esse aplicativo parece
funcionar através de uma peça separada que você anexa aos óculos. Nós
não examinamos nem aprovamos o aplicativo, e por isso não estará
disponível na loja de aplicativos do Google Glass.
O porta-voz acrescentou que "é claro, estamos sempre interessados em
saber sobre novos aplicativos do Glass e nós já vimos ótimas pesquisas
em diversos campos da medicina, de cirugia ao mal de Parkinson".
Movida a concentração
Um aparelho de EEG pode ser usado para medir quando certas partes do cérebro mostram um alto nível de atividade.
Nesse caso, o software MindRDR monitora quando o usuário entra em um alto nível de concentração.
Através da "tela" do Google Glass – uma pequena janela que aparece no
canto do olho direito do usuário – uma linha branca horizontal aparace.
Enquanto o usuário se concentra, a linha branca sobe na tela. Uma vez
que ela chega ao topo, uma foto é tirada usando a câmera imbutida nos
óculos.
Repetindo esse processo, a imagem é postada em um perfil de mídia social previamente programado.
Atualmente, o Google Glass é controlado ou por comando de voz – "OK
Glass, take a picutre" (OK Glass, tire uma foto) – ou através do toque
na parte lateral do aparelho.
O chefe executivo do This Place, Dusan Hamlin, disse que queria
constatar o verdadeiro potencial do Glass permitindo que os usuários o
controlassem usando a mente.
— Atualmente usuários ou precisam tocar nos óculos ou usar comandos de
voz, que são um impedimento em a algumas situações sociais e a pessoas
com deficiências.
Ponto não explorado
A diretora de criação da empresa,
Chloe Kirton, disse que "apesar da capacidade do MindRDR ainda ser
limitada a tirar e compartilhar uma foto, as possibilidades do Google
Glass são enormes".
A tecnologia EEG é uma área em crescimento. No passado, o equipamento
era extremamente caro, mas muitos com a tecnologia estão disponíveis por
menos de 100 libras (cerca de R$ 379).
Mick Donegan é o fundador da Special Effect, uma instituição de caridade
que adapta controladores de jogos para que eles possam ser usados por
pessoas com mobilidade limitada.
Ele disse à BBC que houve no passado debates sobre a confiabilidade dos
aparelhos EEG, mas que ele estava animado com as possibilidades que o
"hackeamento" do Google Glass criou.
— Significará que alguém que atualmente não tem nenhum tipo de controle
motor, que nem consegue controlar o movimento dos olhos, poderá usar o
sistema. Para mim, esse é o auge, o ponto ainda não explorado.
Ele acrescentou que os programadores terão que criar interfaces intuitivas.
FONTE: r7
Nenhum comentário:
Postar um comentário