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Fofo Honório Barbosa |
A quadra chuvosa representa um período importante no incremento das reservas hídricas no Ceará. A ocorrência e a distribuição das precipitações, porém, variam ano a ano de acordo com as condições meteorológicas de cada período. Em 2025, esse processo foi acelerado com mais de 10 açudes sangrando ainda em janeiro.
Conforme monitoramento da Companhia de Gestão dos Recursos Hídricos (Cogerh), 12 barragens já ultrapassaram o limite neste ano, e atualmente nove continuam vertendo água, trazendo alívio e lazer para as populações do entorno.
Em comparação, o primeiro açude a sangrar no Ceará, em 2024, só começou a verter no dia 16 de fevereiro, o 47º daquele ano. Foi o Germinal, na cidade de Pacoti, na região do Maciço de Baturité.
Neste ano, o processo foi adiantado em um mês. Na noite do dia 15 de janeiro, o Açude Patos, em Sobral, foi o primeiro a verter. Em seguida, foi a vez do Forquilha, no município homônimo, na madrugada do dia 16.
A sangria precoce tem relação com as fortes chuvas que começaram a atingir o Estado mais cedo. Em vez de março ou abril, meses que marcam o período mais intenso da quadra chuvosa, eles começaram a transbordar mais cedo, ainda em janeiro.
Segundo dados do Calendário de Chuvas do Ceará, alimentado pela Fundação Cearense de Meteorologia e Recursos Hídricos (Funceme), choveu em janeiro 91,5% acima do normal. A média histórica para o mês é de 99.8mm, mas choveram 191.1mm.
Veja a lista de açudes:sangrando
Arrebita (Forquilha)
Caldeirões (Saboeiro)
Do Batalhão (Crateús)
Forquilha (Forquilha)
Gerardo Atimbone (Sobral)
Germinal (Pacoti)
Jenipapo (Meruoca)
São Pedro Timbaúba (Miraíma)
Sucesso (Tamboril)
Já sangraran
Carmina (Catunda)
Patos (Sobral)
Santo Antônio de Aracatiaçu (Sobral)
Os três últimos continuam na lista de reservatórios com volume superior a 90% da capacidade. Além deles, estão Acaraú-Mirim, Tucunduba, Tijuquinha e Cachoeira.
"Nos últimos 30 anos, o início de quadra chuvosa com essa situação favorável só ocorreu sete ou oito vezes. Lógico que isso varia de região para região, como a dos Sertões de Crateús, a única com volume abaixo de 20% de reservas, o que nos preocupa”, explicou o presidente da Cogerh), Yuri Castro, na apresentação do prognóstico da Funceme.
Por outro lado, outros 33 açudes monitorados pela Cogerh marcam volume inferior a 30%. Há um ano, eram 50.
Com informações do Diário do Nordeste.
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