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sexta-feira, 30 de dezembro de 2022

PF busca bolsonarista investigado por ato terrorista e ataque à sede da polícia

                                            Foto: Reprodução / Folhapress

Um dos alvos da Polícia Federal nesta quinta (29) é o bolsonarista Alan Diego Rodrigues, suspeito de ter instalado uma bomba em um caminhão de combustíveis estacionado próximo ao Aeroporto de Brasília no dia 24 de dezembro.


Antes do ato de terrorismo com a bomba, Alan Diego já tinha sido identificado como um dos que teriam participado da tentativa de invasão ao prédio da corporação e realizado incêndios em veículos no dia 12 de dezembro. Ele é procurado, então, por envolvimento nos dois casos.
A operação desta quinta-feira é contra suspeitos de atuar na noite de vandalismo no DF.
O primeiro pedido de prisão contra Alan Diego, o que tem a ver com a ação desta manhã, foi feito um dia antes da tentativa de explosão do caminhão.




Após a prisão do bolsonarista George Washington por envolvimento no caso da bomba, o nome de Alan Diego veio à tona. George confessou envolvimento no atentado em depoimento à Polícia Civil e disse que o colega atuou também no ato terrorista sendo a pessoa que instalou o explosivo no caminhão.
“Eu entreguei o artefato a Alan e insisti que ele instalasse em um poste de energia para interromper o fornecimento de eletricidade, não concordei com a ideia de explodir no estacionamento do aeroporto. Porém, eu soube pela TV que a polícia tinha apreendido uma bomba no aeroporto e que o Alan não tinha seguido o plano original”, disse George em sua oitiva.


Desde então, Alan Diego passou a ser procurado pelos investigadores por envolvimento com a bomba.
A tentativa de atentado e escalada de violência praticada pelos bolsonaristas inconformados com o resultado das eleições desencadeou uma série de reações. Entre elas, o reforço na segurança do presidente eleito Lula (PT) e da cerimônia para sua posse no domingo (1º).
George confirmou em depoimento à Polícia Civil ter planejado com manifestante do QG do Exército o uso de explosivos para “dar início ao caos” que levaria à “decretação do estado de sítio no país”, o que poderia “provocar a intervenção das Forças Armadas”.


O bolsonarista disse ser gerente de um posto de gasolina no Pará. Alvo de busca de apreensão, ele também foi detido por causa do arsenal de armas encontrado pela polícia. Além de mais explosivos, foram encontradas diversas armas, entre elas um fuzil, e munições.
Os atos antidemocráticos que pedem um golpe militar e escalam em casos de violência pelo país têm sido atiçados pelo presidente Jair Bolsonaro (PL) desde a sua derrota para Lula no segundo turno das eleições.
A escalada da violência nesses atos liderados por bolsonaristas fez desmoronar o discurso público do presidente e de seus aliados, que destacavam as manifestações como ordeiras e pacíficas e buscavam associar protestos violentos a grupos de esquerda.


Com casos de violência que incluem agressões, sabotagem, saques, sequestro e tentativa de homicídio, as manifestações atingiram seu ponto crítico e acenderam o alerta das autoridades, que realizaram prisões e investigam até possível crime de terrorismo.
Os responsáveis poderão ser punidos na Justiça com base na Lei Antiterrorismo, legislação que os próprios bolsonaristas tentaram endurecer visando punir manifestantes de esquerda.


VEJA CASOS DE VIOLÊNCIA PELO PAÍS


BRASÍLIA
A Polícia Civil prendeu no sábado (24), véspera de Natal, um homem suspeito de ter tentado explodir um caminhão de combustível próximo ao Aeroporto Internacional de Brasília. A Polícia Civil afirmou que o homem preso, identificado como George Sousa, se diz bolsonarista com atuação em atos na frente do quartel-general do Exército no DF.
Apoiadores do presidente Jair Bolsonaro (PL) tentaram invadir o prédio da Polícia Federal em Brasília. Após serem repelidos, os manifestantes foram para outras vias da cidade e atearam fogo em ao menos dois ônibus e em carros. Eles ainda depredaram postes de iluminação e tentaram derrubar um ônibus de um viaduto.

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