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segunda-feira, 8 de junho de 2020

Justiça decreta prisão preventiva de suspeitos de matar agente penitenciária

Policial foi morta enquanto esperava um reboque após ter problemas mecânicos no carro

Ana Paulo tinha 30 anos e era policial penal — Foto: Reprodução
Ana Paulo tinha 30 anos e era policial penal

A Justiça Estadual do Ceará decretou a prisão preventiva dos dois suspeitos de matar a agente penitenciária Ana Paula Vieira de Oliveira, de 30 anos, em uma tentativa de assalto na BR-116, em Itaitinga, na Grande Fortaleza. A prisão foi decretada na sexta-feira (5).
A policial foi morta no dia 22 de maio, enquanto aguardava um reboque após seu veículo ter problemas mecânicos na rodovia. Ana Paula foi abordada por homens armados, que teriam chegado ao local já atirando. Eles fugiram em seguida, sem levar a arma de fogo e qualquer outro pertence da vítima.
Diego Pereira Vidal, 19, e Marcos Vinícius Sousa Silva, 22, foram presos horas após o latrocínio, em uma área de matagal no distrito de Jabuti, no município de Eusébio, próximo à estrada. A ação policial que resultou nas prisões e nas mortes de suspeitos contou com a participação de equipes da Polícia Militar, Polícia Civil e Secretaria da Administração Penitenciária (SAP). Outros três suspeitos de participar do crime morreram em uma troca de tiros com a polícia.
O juiz de Itaitinga considerou que a prisão preventiva "evidencia-se como forma de garantir a ordem pública, pois os delitos cometidos pelos indiciados são extremamente graves, contra um deles pesando, inclusive, a confissão do delito praticado e deletando os demais".
Com o grupo, foram apreendidas três armas de fogo (sendo dois revólveres e uma espingarda), uma pequena quantidade de drogas e uma balança de precisão. Diego Vidal e Marcos Vinícius foram autuados por latrocínio, associação criminosa e tráfico de drogas.

Comoção social - O Ministério Público do Ceará (MPCE) se posicionou a favor da prisão preventiva, afirmando que "salta aos olhos a gravidade do caso concreto, pois se trata de um crime de latrocínio contra um agente do Estado, que estava saindo do seu serviço. Pontue-se ainda a enorme comoção social que o caso gerou".
A defesa de Diego Vidal no processo afirmou que o jovem não participou do latrocínio, que não há testemunhas que o apontem na cena do crime e que "não se deve responsabilizar inocentes para satisfação social". Também alegou que ele possui residência fixa e trabalho lícito.
Já a defesa de Marcos Vinícius ainda não se manifestou no processo.

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