O tribunal espanhol considerou que “está provado que a vítima não consentiu e que existem elementos de prova, além do depoimento da denunciante, para entender como comprovado o estupro”.
“O tribunal considera provado que ‘o acusado agarrou abruptamente a denunciante, a jogou no chão e, a impedindo de se mexer, a penetrou pela vagina, apesar de a denunciante ter dito que não, que queria ir embora’. E entende que ‘isso cumpre o tipo de ausência de consentimento, com uso de violência, e com acesso carnal“, aponta trecho da decisão.
Além da prisão, foram determinados 5 anos de liberdade condicional, uma ordem de restrição para que ele não se aproxime da vítima durante 9 anos e 6 meses, bem como o pagamento de uma indenização no valor de 150 mil euros (cerca de R$ 800 mil).
O ex-jogador, que já apresentou cinco versões sobre o caso desde o início da acusação, pode apresentar recurso contra a sentença e apelar para a Sala de Apelações do Tribunal Superior de Justiça da Catalunha.
Ele está preso desde janeiro de 2023, preventivamente, na Espanha. Esses meses serão descontados na pena final.
A Justiça da Espanha pediu pena de 9 anos de prisão para o ex-jogador, enquanto a defesa queria a absolvição, alegando intoxicação alcóolica, reparação de dano por meio de pagamento de indenização, e que houve uma investigação inicial sem conhecimento de Daniel.
O julgamento
O julgamento ocorreu entre os dias 5 e 7 de fevereiro deste ano. A vítima, que ainda está em tratamento psicológico, deu seu depoimento a portas fechadas, a fim de preservar seu anonimato.
Foram ouvidas quase 30 testemunhas, entre policiais e seguranças da boate que prestaram atendimento à vítima. Todas as pessoas confirmaram que a jovem estava em estado de choque e sua relutância inicial a denunciar o crime.
As cinco versões de Daniel
Primeiramente, Daniel Alves relatou que não conhecia a vítima, em seguida, ele admitiu que se encontraram no banheiro da boate, porém não tiveram contato.
Após esse relato, o condenado contou que houve relação sexual com a jovem, mas sem penetração. Em quarto momento, disse que teve relações sexuais com a vítima de forma consensual, mas que omitiu para esconder a infidelidade da esposa.
Por fim, ele afirmou que estava sob efeito de álcool.
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