O preço dos remédios irá passar por dois reajustes no Ceará em 2024. O primeiro deles já começa a valer neste mês, impacto do aumento do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS). A segunda alta deve incidir sobre os remédios no fim de março, por definição da Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos (Cmed).
A estimativa é que o aumento do ICMS impacte em uma alta no preço final dos medicamentos de 3%, segundo o diretor do Sindicato do Comércio Varejista dos Produtos Farmacêuticos do Estado do Ceará (Sincofarma), Maurício Filizola.
O diretor estima que o segundo aumento, definido pela Cmed, deve girar em torno de 5%. Ou seja, os consumidores podem encontrar medicamentos aproximadamente 8,15% mais caros neste ano, considerando a incidência de juros sobre juros com os dois reajustes.
A mudança nos preços dos remédios é definida anualmente pela Cmed a partir da inflação e da participação de cada categoria de medicamento no mercado. Em 2023, o reajuste definido foi de 5,6%.
A Câmara de Regulação é um órgão interministerial que define, com representantes da indústria farmacêutica, os preços máximos permitidos para medicamentos no País. As farmácias não têm participação na decisão.
Segundo Maurício Filizola, o setor teme que os dois reajustes impactem no uso de medicamentos frequentes pela população. “Deve ter impacto principalmente para os clientes que fazem uso de medicamentos de uso contínuo. Terá um impacto no gasto mensal com aqueles medicamentos para diabetes, hipertensão, asma, colesterol”, aponta.
Com informações do Diário do Nordeste.
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