Vigilante Caio foi o terceiro homem assassinado ano passado em Juazeiro, enquanto “Bimbim” o terceiro morto em fevereiro e “Wilson Cabeleireiro” o segundo homicídio de março
O levantamento mostra ainda cinco homicídios por espancamentos (6,1%), dois por asfixia representando 2,5% e um de uma vítima de empurrão que sofreu queda e faleceu. O maior período sem homicídios no ano passado foi de 20 dias em duas oportunidades (entre 11 de fevereiro e 3 de março) e (2 e 22 de agosto), enquanto em 2022 tinha sido de 22 dias entre os dias 8 de agosto e 1º de setembro. A média de assassinatos em 2023 foi de 0,22 por dia com média mensal de 6,75 contra 6,3 por mês em 2022.
Como sempre, a maioria dos casos tem envolvimento com o submundo do crime em motivos como acerto de contas, vingança e queima de arquivo. O mês de março foi o mais violento com 11 homicídios em 2023, enquanto fevereiro e agosto terminaram como os mais tranquilos com apenas quatro assassinatos. De acordo com o balanço do Miséria, os demais foram: abril (10), outubro (09), janeiro (08), maio e dezembro (com 7 cada), julho (06), além de junho, setembro e novembro com cinco homicídios.
Confira a relação completa com nomes, endereços e os locais onde as 76 pessoas foram assassinadas no ano passado em Juazeiro do Norte:
JANEIRO (08 homicídios)
Dia 03 – Bárbara de Melo Santana, de 40 anos, que residia na Rua Dom Bosco (Franciscanos), morreu no HRC cinco dias após agredir uma pessoa e ser empurrada quando caiu batendo a cabeça no solo sofrendo traumatismo craniano num suposto crime de homicídio culposo. O fato aconteceu em frente a um bar na Rua São Domingos (Centro), onde a mesma chegou embriagada à procura do ex-namorado.
Dia 07 – Caio de Souza Dias, de 20 anos, que residia na Rua Osana Pereira (João Cabral), foi morto a tiros na cabeça e teve o corpo encontrado num matagal nas imediações da Cealta Distribuidora de Alimentos na Rua Paizinho Sabiá (Campo Alegre). Ele respondia dois procedimentos por assaltos e outro por corrupção de menor.
Dia 07 – Israel Feitosa da Silva, de 19 anos, que residia na Rua Vicente Alencar (Bairro Mirandão) em Crato, foi morto a tiros e teve o corpo encontrado na chamada Estrada do Manoel Coco perto de uma Indústria Cerâmica no Sítio Sabiá. Ele tinha passagens pela polícia e moradores da área disseram à polícia ter ouvido estampidos de arma de fogo na noite anterior.
Dia 12 – Cláudio Santos Silva, de 35 anos, o “Cláudio Cabeção”, que residia na Rua Geraldo Rocha Sobreira (Bairro Leandro Bezerra) e era vigilante contratado pelo município, foi morto com uma facada no peito esquerdo no seu local de trabalho no Centro de Apoio ao Romeiro perto da Basílica de Nossa Senhora das Dores (Centro). Existem comentários que ele devia dinheiro a agiotas.
Dia 14 – João Marcos Gomes Bezerra, de 24 anos, que residia na Rua Francisca Pereira Lopes (Pedrinhas) em Juazeiro, foi morto a tiros e Letícia Freire Diniz atingida por bala perdida. Ele trafegava pela Rua Joaquim Leandro de Sousa na localidade denominada Vila Nova daquele bairro quando foi surpreendido por dois homens numa moto. O mesmo não respondia procedimentos criminais.
Dia 14 – Natanael Silva Diniz, de 42 anos, que residia na Rua Socorro Mota (Triângulo) e era comerciário que trabalhava como pintor de sandálias, morreu ao dar entrada no HRC. Ele foi espancado a pauladas perto de casa e não respondia procedimentos criminais.
Dia 15 – Francisco Henrique Cirino da Silva, de 26 anos, que residia na Rua Engenheiro Barreto no centro de Iguatu, morreu no HRC horas após ser baleado na Rua Cônego Climério (Pio XII). Ele usava tornozeleira eletrônica por conta de um latrocínio, no dia 9 de março 2014 em Iguatu, quando matou para roubar o comerciante Francisco Sabino Queiroz, de 76, o “Chico Marchante”, que era dono de uma mercearia no bairro Brasília.
Dia 29 – Rogério da Silva Santos, de 22 anos, que residia no bairro Betolandia, morreu no cruzamento das avenidas Castelo Branco e Manoel Coelho naquele bairro ao ser alvejado com um tiro. Ele anunciou assalto perante um PM do RAIO à paisana que fazia exercícios pedalando sua bicicleta o qual atirou e se apresentou na delegacia com a arma.
FEVEREIRO (04 homicídios)
Dia 06 – Paulo Roner Vilanova da Silva, de 37 anos, que residia na Rua Ministro Colombo de Sousa (Juvêncio Santana) e era dono de um comércio de bebidas, foi morto a tiros na cabeça. O crime aconteceu no cruzamento das ruas Machado de Assis e Ministro Colombo de Sousa naquele bairro e foi praticado por dois homens que fugiram numa moto.
Dia 07 – Matheus Barros Vieira, de 22 anos, que residia na Rua Beatriz Maria da Costa (Aeroporto), teve o corpo encontrado na estrada vicinal de acesso ao bairro Carité, em meio a poças de águas pluviais, apresentando perfuração à bala na cabeça. Ele respondia por assalto junto a um estabelecimento comercial.
Dia 09 – Antonio Wágner Gonçalves Brasil, de 36 anos, o “Bimbim”, que residia na Rua Francisco Dias Ferreira (Tiradentes), foi morto a tiros em frente a um bar no cruzamento das ruas Capitão Coimbra e Antonio Lira Cruz (João Cabral). Ele chegava ao estabelecimento quando foi surpreendido por um homem que se aproximou numa moto e já foi atirando. A vítima respondia procedimento por tráfico de drogas e era testemunha de homicídio.
Dia 11 – Antonio dos Santos Batista, de 49 anos, o “Toin” que residia na Rua 1º de Maio e era pedreiro, foi morto com um tiro no abdômen ao sair à calçada de um quartinho na Rua São Mamede (Pio XII). Ele ajudava o sobrinho Carlos dos Santos, que fabrica móveis, a retirar uma cama box quando dois homens pararam numa moto Honda XRE e um deles atirou. A vítima não respondia procedimentos criminais.
MARÇO (11 homicídios)
Dia 03 – Yanny Brena Alencar Araújo, de 26 anos, que residia na Rua Manoel Valdir Pires (Lagoa Seca) e era médica e vereadora-presidente da Câmara Municipal, foi morta em casa por asfixia pelo seu namorado Rickson Pinto Lucena, de 27 anos, que praticou o suicídio por enforcamento com fios e ainda tentou simular um duplo suicídio.
Dia 04 – José Maria Filho, de 58 anos, o “Wilson Cabeleireiro” que residia na Rua Leão XIII (Salesianos), foi morto a tiros e teve o corpo encontrado num matagal no bairro Campo Alegre com características de desova.
Dia 11 – Francisco Luciano Gomes da Silva, de 29 anos, o “Lulinha” que residia na Rua Osvaldo Jucá Neto (Frei Damião), morreu no HRC duas horas após ser baleado perto de casa. Ele respondia por tráfico de drogas, furtos, roubos, homicídio e já tinha sido vítima de vários atentados à bala. Dia 30 de setembro de 2014 Lulinha e outros colegas de cela na PIRC mataram Cristiano Bezerra da Silva, de 24 anos, quando o enrolaram num colchão e atearam fogo.
Dia 11 – Washington Rodrigues da Silva Duarte, de 25 anos, que residia no Sítio Passagem Rasa na zona rural de Juazeiro, morreu no HRC meia hora após ser baleado na Rua Cleivan Bezerra (Bairro Carité). Ele respondia procedimentos por crimes de injúria e tráfico de drogas.
Dia 11 – Maxsuel Rodrigues da Silva, de 15 anos, que residia na Rua José de Alencar (João Cabral), foi morto a tiros na Rua Perpétua Carneiro da Cunha naquele bairro por dois homens numa moto. Ele não tinha passagens pela polícia.
Dia 13 – Janiel da Silva Alexandre, de 35 anos, que residia na Rua Raimundo Saraiva Coelho (Aeroporto) foi morto a tiros após sair do Barkana na Avenida Castelo Branco (Limoeiro). Ele foi baleado em frente à Escola Maria Amélia por um homem que fugiu num veículo Gol vermelho. Em novembro de 2016 Janiel tentou matar Francisco Furtado Mateus e respondia tal procedimento por lesão corporal.
Dia 15 – Francinaldo Pereira da Silva, de 21 anos, o “Yá” que residia na Rua Cônego Climério (Timbaúbas), morreu num confronto com o RAIO na Rua José Dourado Cabral naquele bairro. Os PMs procuravam o comparsa dele Davi da Silva Fernandes, de 29, o “Alemão”, que tinha assalto um estabelecimento comercial no dia anterior e foram recebidos à bala quando houve revide. Ele respondia por crimes de trânsito, assaltos, tráfico de drogas, homicídios, lesões corporais, violência doméstica e um dos homicídios atribuído aos dois vitimou Manoel Messias de Souza Santos, de 20 anos, o “Bel” no dia 23 de maio de 2021 na Rua Tenente José Dias (Timbaúbas).
Dia 15 – Bruno Martinelle Almeida de Meirelles, de 30 anos, que residia na Avenida Prefeito Almir Dutra (Bairro Alto da Mangueira) em Maracanaú e era cadeirante, foi morto a tiros por dois homens numa moto, perto da casa onde estava morando na Rua José dos Santos Lopes, (Frei Damião). Ele era suspeito de envolvimento com drogas e respondia por lesão corporal, porte de arma de fogo, danos e furto todos na área do litoral cearense.
Dia 17 – Gabriel Gledson Pereira Borges, de 18 anos, que residia na Rua Jaime Dorcy (João Cabral), foi morto a tiros no cruzamento das ruas Pio Norões e Senhor do Bonfim naquele bairro.
Dia 19 – Francisco Carneiro dos Santos, de 32 anos, o “Pão de Coco”, que residia no bairro Três Marias, foi morto a pauladas por seu enteado identificado como “Rael Neto de Macarrão”. O crime aconteceu na Rua Antonio Cândido de Araújo naquele bairro após a vítima chegar em casa bastante alterado e agredir sua companheira no que o filho dela interveio o conflito causando o homicídio a pauladas. Como familiares jamais reclamaram o corpo, terminou sepultado como indigente no dia 12 de maio de 2023 no Cemitério São João Batista.
Dia 26 – Xxxxxxx Xxxxxx, de aproximadamente 30 anos, foi morto a pedradas na Rua Francisca Menezes de Vasconcelos (Tiradentes) por um homem que estava com o mesmo e saiu correndo. Ele estava sem documentos que permitissem a sua identificação e terminou sepultado como indigente no dia 12 de maio de 2023 no Cemitério São João Batista.
ABRIL (10 homicídios)
Dia 01 – Carlos Wedjunior dos Santos Fernandes, de 37 anos, que residia na Rua Santa Tereza (Pio XII) morreu no HRC. Na noite do dia anterior ele foi esfaqueado na Rua do Seminário perto da Escola Figueiredo Correia naquele bairro por Gilberto da Silva Ferreira, de 34 anos, o “Feijão” que mora na Rua do Seminário (São Miguel). Ele saiu ferido e terminou preso no HRC após receber atendimento. Os dois tinham rixas antigas, respondiam por tráfico, assaltos, furtos e lesões corporais.
Dia 09 – Diego Ribeiro dos Santos, de 32 anos, que residia num conjunto na Rua Francisco Maciel Bezerra (Tiradentes) e era autônomo, foi morto a tiros numa casa na Rua Ladislau de Arruda Campos (Antonio Vieira). Ele não respondia procedimentos criminais e vizinhos disseram à polícia que ouviram apenas os estampidos de arma de fogo.
Dia 10 – Wermesson Bento dos Santos, de 20 anos, o “Messim” que residia na Rua Luciano Teófilo (Triângulo), foi baleado e morreu ao dar entrada no HRC. O crime aconteceu na calçada de uma casa na Rua Senhor do Bonfim (João Cabral) e a vítima respondia procedimentos criminais por assaltos a mão armada.
Dia 10 – José Lucas Xavier Ferreira, de 29 anos, o “Negão” que residia na Rua José de Alencar (João Cabral) e usava tornozeleira eletrônica, foi morto a tiros por dois homens numa moto Yamaha vermelha quando passava na Rua Joaquim de Sousa Menezes (Romeirao). Ele respondia três procedimentos por crimes de tráfico de drogas.
Dia 16 – Samoel Barbosa Sabiá, de 40 anos, que residia na Rua Cantora Socorro Alencar Ribeiro (São José), foi morto a tiros dentro do seu veículo Fiat Uno de cor vermelha quando chegava em casa e sua companheira Karolyny Dias Pereira, de 36 anos, saiu baleada na coxa. Os crimes foram praticados por dois homens numa moto Honda Bros vermelha e “Sabia” respondia por crimes de violência doméstica.
Dia 18 – Adysson Cauã Alves de Oliveira, de 19 anos, que residia na Rua Virginia de Mendonça (João Cabral) e trabalhou como barbeiro, foi morto a tiros dentro de uma casa na Rua Francisco Gomes Vieira (Pedrinhas). Ele era testemunha de crimes de lesão corporal e roubo e respondia por assalto a mão armada.
Dia 21 – Gilson Manoel da Silva, de 25 anos, que residia na Rua Artesão Manoel de Barros (Tiradentes), foi morto a golpes de faca na Rua Manoel José da Silva (Horto). Existem informações que o acusado tinha sido lesionado pela vítima e retornou para matá-lo após deixar a UPA Limoeiro. Gilson respondia procedimentos por crimes de tráfico de drogas, assaltos e violência doméstica contra sua própria mãe.
Dia 22 – Elisvaldo Ferreira dos Santos, de 40 anos, o “Neguim” que era metalúrgico e residia na Rua Francisca Pereira Lopes da localidade denominada Vila Nova (Pedrinhas), foi morto a golpes de faca pelo irmão identificado apenas por “Laércio”. Ele respondia procedimento por crime de violência contra sua ex-companheira.
Dia 22 – José Roberto dos Santos, de 46 anos, o carroceiro “Beto de Benício” que residia na Rua Apolo XI perto do cruzamento com a Monsenhor Lima (Salesianos), foi morto a tiros na calçada de sua casa por dois homens numa moto, sendo um deles Thiago Brito Queiroz preso no dia 4 de julho de 2023. A vítima respondia por estupro, lesão corporal, violência doméstica, tráfico de drogas, furto, porte ilegal de arma de fogo, desacato, crime ambiental e contravenção penal.
Dia 22 – Maria Peixoto da Silva, de 62 anos, que residia na Rua Arnaldo Parente (Limoeiro), teve o corpo encontrado num matagal perto da ponte das Timbaúbas na Rua Madre Nely Sobreira. Ela foi morta por asfixia e paulada no abdômen desfechada por um homem que a atraiu para o matagal quando saiu de casa para ali deixar umas sacolas de lixo. No dia 10 de maio de 2023 a polícia prendeu, em Barbalha, o principal acusado Wellington dos Santos da Silva, de 40 anos, o “Cocão” ou Aranha”, que confessou o crime. Ele disse que queria matar a filha dela e, como não encontrou, matou a mãe
MAIO (07 homicídios)
Dia 04 – Marcos Alencar da Silva, de 25 anos, o “Marquinhos” que residia na Avenida Paraíba (João Cabral), foi morto a tiros na Rua José Paracampos naquele bairro e uma pessoa saiu baleada. Os acusados fugiram num veículo HB20 de cor branca e um deles foi preso. “Marquinhos” respondia por desacato, porte de arma de fogo, já tinha sido baleado, em setembro de 2017, por Francisco Emerson Silva dos Santos, de 28 anos, e seu irmão Marcelo Augusto da Silva, de 28 anos, foi morto a tiros no João Cabral no dia 4 de outubro de 2022.
Dia 05 – José Johnath de Oliveira Medeiros, de 35 anos, o “Duda”, que era o metalúrgico e residia na Rua Trindade (Aeroporto), foi morto a tiros na Rua Joaquim Cruz da Vila São Francisco naquele bairro. Ele não tinha passagens pela polícia e, na segunda-feira (08), a polícia prendeu Cícero Costa da Silva, de 34 anos, como principal acusado do crime.
Dia 14 – Jorge Rikelvi Domingos Pereira, de 22 anos, que residia na Rua Cecília Meireles (Antonio Vieira), morreu no HRC uma hora após ser baleado perto de sua casa quando terminou socorrido ao hospital, mas não resistiu. Ele respondia TCO (Termo Circunstanciado de Ocorrência) por crime ambiental.
Dia 22 – Lucas Daniel Ferreira, de 23 anos, que residia na Rua Domingos Rodrigues Barbosa (Jardim Gonzaga), foi morto com um tiro no abdômen dentro de sua casa. Existem informações que teria discutido com uma pessoa pela manhã e o mesmo respondia contravenção penal e violência doméstica.
Dia 25 – Breno Machado Gomes, de 20 anos, que residia na Rua Senhor do Bonfim (João Cabral), foi morto numa troca de tiros com a polícia na Rua Francisco Monteiro (Triângulo) quando o RAIO foi averiguar denúncias sobre tráfico de drogas e armas de fogo num imóvel. Ele respondia por crime de violência doméstica e morreu, também, o seu comparsa Marlon Dantas de Araújo, de 20 anos.
Dia 25 – Marlon Dantas de Araújo, de 20 anos, que residia na Avenida Ailton Gomes no bairro Pirajá, foi o outro morto no confronto policial na Rua Francisco Monteiro (Triângulo). Ele respondia por assaltos e porte de arma de fogo e, após o confronto os policiais apreenderam dois revólveres com munições intactas e deflagradas e drogas.
Dia 27 – Paulo Daniel Ferreira de Souza, de 24 anos, que residia na Rua Otávio Aires no bairro Limoeiro, morreu num confronto com policiais militares na Rua Campos Elísios (Pio XII). Ele trabalhava como carroceiro e respondia procedimento por crime de tráfico de drogas.
JUNHO (05 homicídios)
Dia 02 – Antonio Barros de Amorim, de 43 anos, o “Amorim” que era morador de rua foi morto a tiros por dois homens numa moto vermelha na Rua Delmiro Gouveia perto da Vila Dom Bosco (Santa Tereza). Ele era usuário de drogas e não respondia procedimentos criminais.
Dia 04 – Genival de Brito Gonçalves, de 34 anos, o “Val da Lua”, que residia na Rua Joaquim da Rocha (Pirajá) e era metalúrgico teve o corpo encontrado por populares num matagal na Rua Raimundo Quintino Silva (Campo Alegre) para onde a vítima correu tentando se refugiar dos tiros efetuados por dois homens que fugiram numa moto. Ele não tinha passagens pela polícia e pode ter ocorrido uma tentativa de assalto.
Dia 09 – Jose Élcio de Souza, de 42 anos, o “Elcinho do Ouro” que residia na Rua José Sabiá (Tiradentes) e era joalheiro, foi morto a tiros na clínica de dependentes químicos Projeto Vidas na Avenida Virgílio Távora (Aeroporto) da qual era sócio. Homens chegaram querendo falar com ele e, quando o encontraram já foram atirando. O mesmo usava tornozeleira eletrônica desde que conquistou a liberdade após ser preso por assalto numa joalheria.
Dia 20 – Enilton de Jesus Santos, de 27 anos, que residia na Rua Engenheiro José Wálter (Jardim Gonzaga), foi morto a pauladas e teve o corpo encontrado num terreno baldio perto do cruzamento das ruas Liberalino Soares e Manoel Amorim dos Santos (Campo Alegre) ao lado de enorme pedaço de pau supostamente usado no crime. Ele não respondia procedimentos criminais, tinha saído de casa três dias antes e não retornou.
Dia 24 – Maria Aparecida de Jesus, de 31 anos, a “Cidinha”, que era moradora de rua teve o corpo encontrado no matagal de terreno baldio na Rua Manoel Tavares Lopes (Frei Damião). Ela tinha sido vista por um familiar na noite anterior e apresentava perfurações a faca. A mesma não respondia crimes, era usuária de drogas e costumava perambular pelo Frei Damião e bairros próximos. Até já tinha sofrido atentado à faca perto da Rodoviária de Juazeiro. No dia 28 de junho de 2023 a polícia prendeu Antonio Germano Pereira Neto, de 46 anos, o “Antonio de Doda”, como autor do crime
JULHO (06 homicídios)
Dia 04 – Cícero Souza da Silva, de 38 anos, que residia na Rua Perpétua Carneiro da Cunha (João Cabral) foi morto com uma barra de ferro por Rosana da Silva Beserra, de 36, e seus dois filhos Cícero Felipe Silva Oliveira, de 19, e José Henrique Silva Oliveira, de 22 anos, que foram presos no bairro Frei Damião quando os irmãos alegaram que ele estava agredindo sua genitora. O crime aconteceu na Rua Robério de Almeida (Tiradentes) e a vítima respondia por homicídio. No dia 19 de abril de 2011 ele e outros três comparsas mataram com 23 tiros Maria Sueli da Silva, de 27 anos, no bairro São José a qual tinha mandado matar José da Silva, de 47 anos, o “Zé das Patas”, que era pai de Cícero.
Dia 20 – Hudson Hygor Santos Alves, de 24 anos, que residia na Rua Padre Ourives (Santa Tereza), foi um dos três mortos pelo RAIO num caso de intervenção policial na Vila Dom Bosco naquele bairro. O trio estava com um carro roubado e recebeu a polícia à bala. No revide, morreram ainda José Wesley Nascimento da Silva, de 20 anos, o “Chincha” e Fábio ou “Fabinho”. Hudson respondia por assaltos, porte de arma de fogo, violência doméstica, crime de trânsito, corrupção de menores e tráfico de drogas.
Dia 20 – José Wesley Nascimento da Silva, de 20 anos, o “Chincha” que residia na Travessa São Damião (Santa Tereza), foi outro que morreu no confronto com o RAIO. Ele respondia por assaltos, tráfico de drogas e porte de arma de fogo.
Dia 20 – Francisco Fabio Pereira da Silva, de 36 anos, o “Fabinho” que residia na Avenida Padre Nestor Sampaio (Lagoa Seca), foi o terceiro que morreu num confronto com o RAIO na Vila Dom Bosco (Santa Tereza). Ele respondia vários assaltos a mão armada, corrupção de menores, extorsões, lesão corporal e dano qualificado
Dia 20 – Joseanderson da Silva Batista, de 26 anos, que residia na Rua Luciano Torres de Melo (Jardim Gonzaga) e era comerciário, foi morto a tiros quando seguia para casa pela Rua Geraldo Lacerda Botelho naquele bairro. Ele não respondia procedimentos criminais.
Dia 23 – Xxxxxx Xxxxxx Xxxxx, de aproximadamente 35 anos, foi morto a tiros na cabeça num terreno baldio às margens de estrada de terra no bairro Campo Alegre e jamais foi identificado tendo sido sepultado no dia 25 de agosto como indigente no Cemitério São João Batista
AGOSTO (04 homicídios)
Dia 02 – José Leonardo da Silva Santos, de 38 anos, o “Zé Beré” que residia na Rua Francisco Lopes de Macedo (Tiradentes) e era crediarista, foi morto a tiros enquanto trafegava na sua moto pela Avenida Universitária (Bairro José Geraldo da Cruz) por dois homens noutra moto. Ele residiu em Goiania (GO), onde respondeu por assalto e tráfico de drogas e, em Juazeiro, foi preso por violência doméstica.
Dia 22 – Alisson de Paiva Santos, de 26 anos, o “Alisson Pantera”, que residia na Avenida Paraíba (João Cabral) foi morto num confronto com militares do RAIO naquela via juntamente com Francisco Lucas Teles Barbosa, de 26 anos. Alisson tentava reatar namoro com uma garota de 17 anos e ameaçava matá-la. A polícia foi ao local e terminou recebida à bala quando houve revide. Ele respondia três homicídios, lesões corporais, tráfico de drogas, crime de trânsito, posse ilegal de arma de fogo e assaltos.
Dia 22 – Francisco Lucas Teles Barbosa, de 26 anos, que residia na Rua Antonio Lira Cruz (João Cabral) foi o outro que morreu num confronto com o RAIO na Avenida Paraíba naquele bairro. Ele não respondia procedimentos criminais.
Dia 26 – Thamires da Silva, de 30 anos, o transexual “Tiago” que residia na Rua Mariana Dantas de Medeiros (Triângulo), foi morto com vários tiros na cabeça perto de sua casa nas imediações da Praça do Prourb. Executores atraíram o trans para uma conversa e a executaram. Recentemente tinha se envolvido numa briga em um bar.
SETEMBRO (05 homicídios)
Dia 09 – Pedro Luccas Sobreira de Sousa, de 17 anos, que residia na Rua Machado de Assis (Juvêncio Santana), teve o corpo encontrado numa das ruas do Loteamento Horto Ville no bairro Carité apresentando perfurações à bala e as mãos amarradas com “enforca gato”. Ele era filho do Subinspetor Iranildo da Guarda Municipal e a família muito lutou para retirar o mesmo do vício das drogas.
Dia 13 – João Filho de Sousa, de 43 anos, que residia na Rua Joaquim de Figueiredo (Triângulo) e era vigilante, morreu no HRC. Ele foi esfaqueado na sua casa na noite do dia 8 de setembro após chegar em casa embriagado e praticar crimes de injúria e difamação contra sua mãe de 80 anos, que esteve na delegacia requerendo medida judicial protetiva.
Dia 16 – Ítalo Luan Bezerra Vieira, de 19 anos, que residia na Rua Apolo XI (Salesianos), foi morto com um tiro na Rua Francisco Vicente da Silva Cavalcante perto da Escola Zila Belém (Triângulo). Ele estava furtando fios e, no local, a polícia prendeu Ryan Lucas Rodrigues de Morais, de 19 anos, residente no Salesianos, que conduzia uns fios e disse ter ouvido apenas a voz de um homem ordenando: “dispara”, mas não viu quem era.
Dia 22 – Cícero Júnior Matias, de 26 anos, que residia na Rua Luiz Gonzaga (Tiradentes) em Juazeiro, foi encontrado numa estrada de terra do bairro Campo Alegre com perfurações à bala na cabeça, pano envolto no pescoço, além de mãos e pés amarrados. Ele era usuário de drogas e respondia por crimes de furtos, roubos, desacato e corrupção de menor.
Dia 27 – Expedito Caitano de Oliveira Junior, de 29 anos, o “Júnior da Bia” que residia na Rua 31 de Março (Jardim Gonzaga), foi morto a tiros na Rua Carlos Gomes (Salesianos) por um homem numa moto Honda Bros vermelha. Ele era usuário de drogas e suspeito de envolvimento com o tráfico e furtos.
OUTUBRO (09 homicídios)
Dia 07 – Henrique Rodrigues de Souza Neto, de 21 anos, a travesti de nome social Thainá Rodrigues de Sousa ou “Katarina”, que residia na Rua Domingos Rodrigues Barbosa no bairro Jardim Gonzaga, foi morta a tiros Praça do Giradouro (Triângulo). Ela estivera bebendo num bar próximo e, depois, foi vista discutindo com um homem que atirou e fugiu numa moto. “Thainá” respondia por ameaça, desacato e furto.
Dia 07 – Francisco Izidório de Oliveira, de 56 anos, que residia no bairro Papicu em Fortaleza, foi morto a tiros na Rua Ângelo de Figueiredo (Jardim Gonzaga). Ele possuía terreno no Loteamento Jardim Pacatuba no Sítio Mata na área de Juazeiro avaliado em R$ 60 mil. Ao saber que tinham furtado a cerca e terraplanado, ajuizou ação de reintegração de posse no mês de setembro. No fim de semana, veio averiguar como estava a situação e terminou morto.
Dia 09 – Cícero Alves Feitosa, de 42 anos, o “Cícero do Peixe” que residia na Rua da Imprensa (Antonio Vieira) e trabalhava como flanelinha, foi morto a facadas na Rua Antonio Roseno naquele bairro por José Reginaldo Silva de Abreu, de 35 anos, o “Regi”, que terminou preso. A vítima respondia por tentativa de homicídio contra seu primo e doente mental Francisco Lucivan Pereira Lira, o “Mano”, em dezembro de 2005.
Dia 10 – Larissa Giorane Gomes Bezerra da Silva, de 19 anos, que residia na Rua Moacir Gondim Lóssio (Bairro Muriti) em Crato, morreu no HRC momentos após ser baleada no cruzamento das ruas Capitão Coimbra e Nossa Senhora Aparecida (João Cabral). Existem informações que os atiradores tentavam matar uma pessoa apelidada por “Cabeça” e a jovem, que estava com ele, terminou atingida pelos disparos.
Dia 13 – Aline de Souza Macedo, de 25 anos, a “Aline da Feira” que residia na Rua Farias Brito (João Cabral), foi morta a tiros no cruzamento da Avenida Paraná com a Rua Farias Brito (Romeirão). Ela estava numa moto com sua companheira Luana Sued Guedes da Silva, de 26 anos, a “Sorvetinho” que mora no bairro Frei Damião, quando foram surpreendidas pelos disparos efetuados por dois homens numa moto. Luana foi socorrida e escapou no HRC a qual responde por tráfico de drogas e porte de arma.
Dia 17 – Gustavo Gomes dos Santos, de 18 anos, o “Trator” que residia na Rua José Tomas de Freitas (Frei Damião), foi morto com vários tiros na cabeça por dois homens numa moto. O crime aconteceu na Rua Ana Maria Duarte naquele bairro e a vítima não respondia procedimentos criminais.
Dia 21 – Gabriel Gomes da Silva, de 19 anos, o “Biel” que residia na Rua José de Alencar (João Cabral) em Juazeiro foi morto a tiros. Ele era mecânico e consertava a porta de um carro estacionado na Rua Fausto Guimarães (Pirajá) quando foi surpreendido pelos disparos efetuados por um homem que fugiu numa moto. O mesmo trabalhava na oficina Rei das Portas na bifurcação da Avenida Ailton Gomes com a Rua Fausto Guimarães.
Dia 25 – “Francisco”, de aproximadamente 40 anos, que era morador de rua e não possuía documentos que permitissem a sua identificação foi morto a tiros na Avenida Carlos Cruz (Santa Tereza). Ainda chegou a ser socorrido ao Hospital Regional do Cariri (HRC) indo à óbito na sala de reanimação.
Dia 29 – José Perboyre Alves de Sampaio Morais, de 34 anos, que residia na Rua São Damião (Santa Tereza) e era monitor de clínica, foi morto a tiros dentro de casa. Ele era usuário de drogas e respondia por crimes de tráfico de drogas em Juazeiro e assalto em Barbalha.
NOVEMBRO (05 homicídios)
Dia 02 – Cícero Daniel de Oliveira Santos, de 26 anos, o “Daniel Coringa” que residia na Rua São Damião, foi morto a tiros por dois homens numa moto em frente à uma casa onde tentou se refugiar na Vila Dom Bosco perto do cruzamento com a José Marrocos (Santa Tereza). Ele respondia procedimentos por porte de arma de fogo, corrupção de menor, ameaça, tráfico de drogas, lesão corporal, disparo em via pública e violência doméstica.
Dia 08 – Pedro Henrique de Sousa Santos, de 15 anos, que residia na Rua Santa Quitéria (Frei Damião), foi morto a tiros na Rua Antonio Estevão do Nascimento nas imediações do CAIC daquele bairro. Ele pedalava sua bicicleta e foi surpreendido pelos disparos num caso de execução sumária.
Dia 11 – Expedito Sampaio da Silva, de 50 anos, que residia na Rua Maria Clarice da Silva (São José), foi morto a tiros perto de uma chácara no bairro Professora Geli de Sá Barreto. Ele era vendedor autônomo e, ultimamente, atuava como motorista de aplicativo, sendo que o seu carro não foi encontrado, causando a ideia de um crime de latrocínio.
Dia 18 – Matheus Duarte Feitosa, de 21 anos, que residia na Rua Voluntários de XIV (Santa Tereza) e era mecânico, foi morto a tiros na calçada de uma casa na Rua José Vitalino (Horto). Ele respondia vários procedimentos por crimes de tráfico de drogas, além de assaltos a mão armada e furto de veículo.
Dia 25 – Edson Gonçalves de Melo, de 43 anos, que residia na Rua Antonio Almeida Magalhães (Limoeiro) e era comerciante no ramo de cereais, foi morto a tiros nas costas no cruzamento da Avenida Ailton Gomes com a Rua São Damião (Pirajá). Ele não respondia procedimentos criminais.
DEZEMBRO (07 homicídios)
Dia 08 – James Sousa Gonçalo, de 26 anos, que residia na Rua Apolo XI (Salesianos), foi morto a tiros em frente à sua casa. Ele respondia procedimentos por assaltos em Juazeiro, Barbalha e Caririaçu.
Dia 12 – Francisco Antonio da Conceição, de 46 anos, o “Chico Magão”, que residia na Rua Heloísa Sobreira Dias Camilo (Vila Fátima), foi morto a tiros perto do antigo Bar do Capote naquele bairro. Ele morou na Rua Nova (Distrito de Palestina) em Mauriti até sofrer atentado à bala no dia 27 de abril quando chegava em casa. “Chico Magão” respondia por crimes de tráfico de drogas e porte de arma de fogo.
Dia 17 – Francisco Marcos Moreira da Cruz, de 27 anos, o “Bruno” que residia na Rua Santa Rosa (Salesianos), foi morto a tiros por dois homens numa moto na Rua Luiz de Freitas (Triângulo). Ele era usuário de drogas, já tinha sido vítima de tentativa de homicídio em 2017 e respondia procedimentos por porte ilegal de arma de fogo e violência doméstica.
Dia 20 – Raimundo Xavier de Oliveira, de 66 anos, que residia na Rua Emília Vitorino (Frei Damião), foi morto a tiros em sua casa. Desde setembro de 2018 tramita na justiça ação de usucapião em favor dele e sua mãe, mas no dia 20 de abril de 2013, Raimundo passou a responder por crime de receptação após comprar um bode furtado na Rua João Freire de Araújo (Lagoa Seca).
Dia 26 – Aldecir Soares dos Santos, de 51 anos, que residia na Rua Rafael Malzoni (São José) e era motorista do transporte escolar da SEDUC morreu no HRC. Na madrugada do dia 23 de outubro ele saía de casa quando foi abordado por dois homens numa moto anunciando assalto quando esboçou reação e terminou alvejado a tiros.
Dia 28 – Alysson Barbosa Costa, de 33 anos, o serigrafista “Alisson Pantera”, que residia na Rua Tenente Alfredo (Frei Damião), foi morto a tiros em sua casa num caso de duplo homicídio quando a sua cunhada e estudante Ingrid Moreno Batista, de 17 anos. Ele respondia por crimes de tráfico de drogas, porte de arma de fogo, violação de domicílio e, no dia 18 de julho de 2022, tentou matar a tiros Julio César Silva de Lima, no bairro São José, ao confundi-lo com o seu irmão Maximiliano.
Dia 28 – Ingrid Moreno Batista, de 17 anos, que residia na Rua Francisco Wilson Bezerra (Frei Damião), foi a outra vítima do duplo homicídio na Rua Tenente Alfredo naquele bairro. A mesma ainda foi socorrida e morreu momentos depois no HRC.
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