Foto: Reprodução/ O Povo
O policial civil preso em razão da chacina na delegacia de Camocim, que deixou quatro policiais civis mortos, neste domingo, 14, era investigado por um caso anterior. Antônio Alves Dourado possuía, em seu desfavor, uma sindicância na Controladoria Geral de Disciplina dos Órgãos da Segurança (CGD) que apurava a conduta em ocorrência no mês de fevereiro de 2022.O inspetor de 44 anos estava na Delegacia de Camocim quando houve o assassinato de Matheus Silva Cruz, de 19 anos. O jovem foi morto quando estava algemado e aguardava para ser ouvido. O caso ocorreu dentro da unidade da Polícia Civil.
O crime aconteceu no dia 6 de fevereiro, após a discussão de Matheus e um policial militar de folga em uma boate do município. Os dois foram às vias de fato e o caso foi para a delegacia.
Matheus estava na unidade policial quando foi surpreendido pelo mesmo agente de segurança da discussão, que realizou o disparo de arma de fogo. Devido a ocorrência, aproximadamente 11 agentes de segurança foram investigados pela CGD por suspeita de omissão, negligência e prevaricação.
Chacina em Camocim: policial preferiu silêncio no depoimento
No caso da chacina que vitimou os quatro policiais civis, a defesa do inspetor é da advogada Neirilane Roque. Ela relata que Dourado acionou a Polícia e se entregou em sua residência. Ele utilizou as próprias algemas, saiu e se entregou. “Após isso ficou no quartel até a chegada dos policiais que o trouxeram para Sobral”, relata.
“Por enquanto ainda não iremos nos pronunciar. Os fatos ainda estão sendo apurados, e por hora não nos manifestaremos. Tal decisão foi tomada também em respeito às vítimas e suas respectivas famílias”, diz a advogada.
“O que podemos informar é que todas as medidas estão sendo tomadas para apuração dos fatos e segurança do acusado. Ele já foi ouvido pela delegacia competente e amanhã será apresentado ao núcleo de custódia para o refeito ato”, destaca.
Chacina em Camocim: policial teria pulado em muro e atacado colegas que estavam dormindo
O inspetor Dourado teria pulado o muro da delegacia de Camocim e atirado em colegas que estavam em redes dormindo.
Inicialmente, ele teria se deparado com um dos policiais, que tentou fugir e pulou do primeiro andar do prédio. Ele quebrou o braço, mas foi alcançado e levou um tiro pelas costas.
Os demais policiais estavam em redes e dormiam quando foram atacados.
Ainda foi encontrado um botijão de gás que levantou a hipótese de que Dourado usaria o gás contra os colegas.
Após o crime, ele gravou um vídeo, na frente da própria casa, pedindo perdão e afirmando que havia acabado com a própria família e com a família dos outros agentes de segurança.
O Povo
Nenhum comentário:
Postar um comentário