Os provedores de internet, por meio da comissão técnica que negocia a cobrança da taxa de compartilhamento de infraestrutura proposta pela Enel, formalizaram a recusa de contraproposta da concessionária e a solicitação de um novo posicionamento da empresa sobre o assunto.
O documento, protocolado na última sexta-feira (13), traz um resumo da disputa e reúne os argumentos de porquê a cobrança seria prejudicial ao setor de telecomunicações do Ceará e aos consumidores, além de apontar simulações do impacto econômico-financeiro.
Membro da comissão como representante local, Elgton Lucena reforça o teor do documento e destaca o apoio de parlamentares que endossam o pedido de suspensão da possível taxa.
"Foi feito um documento junto com a Associação Brasileira de Provedores de Internet (Abrint), pontuando todas as colocações que foram feitas na última reunião que tivemos na Assembleia. Conseguimos o apoio de vários deputados endossando o que o documento diz. Nesse documento, tem toda a explicação de porquê o preço é abusivo, tem explicações técnicas, tem comparações do impacto socioeconômico no Estado se a cobrança abusiva for continuada"., disse.
Segundo o texto do documento, o valor médio a ser pago para a maioria dos provedores locais por Caixa de Terminação Óptica (CTO), ou seja, as "caixas" acopladas nos postes e permitem o fornecimento e gerenciamento da rede, será de cerca de R$ 69,24 por mês.
Simulando a cobrança sobre a situação real de uma empresa do Estado que possui 8,5 mil clientes e 2,6 mil CTOs, o custo operacional com o pagamento da taxa deve subir R$ 180 mil. Ainda conforme o documento, com um ticket médio de R$ 75 por cliente, o valor a mais a ser destinado à Enel representaria 28,23% da receita bruta da empresa.
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