Vítimas morreram soterradas após queda de barreiras na Capital e na Região Metropolitana
As chuvas torrenciais que atingem a região metropolitana de Recife, capital de Pernambuco, já deixaram 56 mortos, segundo o último balanço oficial deste domingo, 29, enquanto equipes de resgate trabalham horas extras em busca de outros 56 desaparecidos.
"Até este domingo, foi confirmada a morte de 56 pessoas e outras 56 continuam desaparecidas nos municípios de Recife e Olinda. Há também o registro de 3.957 desabrigadas", informou a Defesa Civil de Pernambuco em nota.
Anteriormente, falava-se em 44 mortos e 56 desaparecidos.
A chuva, que deu trégua esta manhã, voltou a cair à tarde, enquanto centenas de bombeiros e outros corpos de emergência e assistência trabalhavam contra o relógio, com a ajuda de helicópteros e barcos, na busca de desaparecidos e no resgate de pessoas ilhadas.
A fúria da tempestade provocou deslizamentos de terra em morros, transbordamento de rios e grandes torrentes de lama que devastaram tudo em seu caminho em vários municípios.
O evento mais mortífero aconteceu no sábado na comunidade Jardim Monteverde, área de casas precárias na divisa entre Recife e o município de Jaboatão dos Guararapes, onde um deslizamento de terra soterrou casas inteiras e causou a morte de 19 pessoas.
No Jardim Monteverde, socorristas, auxiliados por voluntários, retiravam escombros em meio à grande destruição e à dor dos vizinhos.
As imagens deste fim de semana evocam o drama ocorrido em fevereiro em Petrópolis, no estado do Rio de Janeiro (sudeste), onde 233 pessoas morreram devido a chuvas torrenciais e deslizamentos de terra.
Segundo especialistas, tragédias como essas ocorrem, além de fortes chuvas, devido a outros fatores, como o tipo de topografia e a existência de grandes bairros de casas precárias, muitas delas construídas ilegalmente, nas áreas de risco íngremes.
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