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quinta-feira, 5 de maio de 2022

Mulher mata filho afogado a fim de “protegê-lo de demônios”

              

Uma mulher foi presa sob a Lei de Saúde Mental do País de Gales após admitir ter matado o próprio filho afogado no banheiro de sua casa, na cidade de Bridgend. Natalie Steele, de 31 anos, disse acreditar que sua família estava possuída por demônios e que ela estava fazendo um bem ao pequeno Reid, de 2 anos, ao “mandá-lo para o céu”.

De acordo com informações do jornal britânico The Mirror, Natalie havia acabado de retornar de um acampamento de sua igreja na noite da tragédia. Ela havia se tornado cristã meses antes da morte de Reid e ia à congregação com frequência.

No acampamento, Steele demonstrou comportamento diferente e se irritou após não permitirem que ela se batizasse. Preocupados com o modo de agir da colega, os demais campistas acharam melhor contatar um amigo a fim de levá-la para casa. À época, Natalie morava com seu filho, sua mãe, padrasto e irmão, em Parkwood Heights.

Horas após retornar para casa, Steele decidiu dar um banho no filho. Ela conta que, enquanto os dois brincavam na água, ela foi “tocada por espíritos” e afogou a criança na banheira, na noite de 11 de agosto de 2021.

Segundo o promotor Michael Jones, logo após o ocorrido, Steele deixou o banheiro e pediu a mãe que fosse até o cômodo.

– É melhor você subir as escadas, eu acho, eu acho, eu fiz – declarou ela, sem especificar, entretanto, o que havia feito.

Ao chegar ao toalete, a avó de Reid, Amanda Prescott, encontrou o neto “deitado no chão do banheiro nu com os pés na porta”. Ela relata que a filha falava frases desconexas, tinha o olhar vago e estava tremendo quando os policiais chegaram.

Reid foi levado às pressas para um hospital na região por meio de um helicóptero, mas não resistiu, morrendo no dia seguinte.

Em julgamento no Tribunal da Coroa de Cardiff nesta terça-feira (3), Natalie admitiu ter cometido homicídio culposo. O psiquiatra Tom Wynne disse à Corte que Steele estava em um quadro de depressão psicótica ou esquizofrenia paranoica com uma doença depressiva quando tirou a vida do filho.

O juiz responsável pelo caso, Michael Fitton QC, descreveu a situação como uma “profunda tragédia humana”.

(Pleno News)

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