Mesmo diante de restrições impostas pelo decreto municipal, a missa em memória dos 87 anos da morte do Padre Cícero, nesta terça-feira (20), foi marcada por uma grande aglomeração de devotos do lado de fora da Capela do Perpétuo Socorro, onde o sacerdote está enterrado. Mesmo com a proibição da entrada de caminhões e ônibus de romeiros, os visitantes também acompanharam a celebração.
Em decreto municipal, publicado na última quarta-feira (14), para conter o avanço da pandemia da Covid-19, além da proibição da entrada de ônibus e caminhões com romeiros, foram reduzidas a capacidade de acolhimento dos templos, passando de 50% para 30%. Mesmo assim, não foi suficiente.
Antes mesmo da missa, marcada para às 6h, um grande número de pessoas já estava do lado de fora do templo religioso aguardando. Na porta, havia um bloqueio com cones e fitas para evitar o ingresso dos devotos. Lá dentro, apenas os padres puderam acompanhar a missa. Do lado de fora, os auto-falantes foram suficientes para atrair a multidão.
MEDIDAS - De acordo com o decreto, entre os dias 17 e 20, que além das igrejas, bares, restaurantes e os chamados “ranchos” — pousadas populares que recebem os fiéis — só poderiam funcionar com 30% da capacidade. O acesso à colina do Horto, onde está erguida a estátua do Padre Cícero, também foi suspenso, assim como os funcionamentos da Fundação Memorial Padre Cícero e dos Museus.
A medida também proibiu a fixação de bancas, barracas, entre outros instrumentos de comércio, sejam de pessoas da própria cidade ou de forasteiros. Apenas camelôs de Juazeiro do Norte com pontos já instalados puderam trabalhar neste período.
Em nota, a Secretaria de Meio Ambiente e Serviços Públicos de Juazeiro do Norte (Semasp) admite que parte dos romeiros “inevitavelmente se deslocam até a cidade, gerando em alguns casos pequenos aglomerados de pessoas”.
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