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terça-feira, 1 de março de 2016

Assédio moral é o principal motivo da evasão de policiais militares da Caorporação, diz presidente da Aspramece

PM Tropa
Muitos jovens que fazem concurso e ingressam na tropa pouco tempo depois pedem para sair da PM
P. Queiroz Aspramece
Pedro Queiroz, presidente da Aspramece, cita o reduzido efetivo da PM para combater o crime no Ceará
O presidente da Associação dos Praças da Polícia Militar e do Corpo de Bombeiros Militar do Ceará (Aspramece), Pedro Queiroz, denunciou, nesta terça-feira (1º), a evasão de centenas de militares dos quadros da PM nos últimos anos. E segundo ele, um dos principais motivos de tantos PMs decidirem deixar a Corporação é o constante assédio moral.
Segundo P. Queiroz, muitos militares ficaram desgostosos em continuar vestindo a farda da Corporação após serem injustiçados, punidos disciplinarmente  e até  mesmo processados  na Justiça por conta de seu trabalho no dia a dia da instituição. “Muitos eram levados à Controladoria para responder por atos que praticavam no devido exercício do dever legal”, acentua.
O presidente revela que esta evasão continuada nos quadros da PM causa um constante desequilíbrio na correlação entre novos ingressos de militares, através dos concursos nos últimos anos para as fileiras do Ronda do Quarteirão, e o quantitativo de baixas.  Segundo ele, se fosse seguida a recomendação da Organização das Nações Unidas (ONU), o Ceará teria que ter um efetivo de policiais ostensivos em torno de 33 mil homens.
A ONU recomenda a  proporção de 250 agentes de segurança ostensivos (fardados) para cada grupo de 100 mil pessoas.  “O efetivo da Polícia Militar teria que ser de aproximadamente  33.700 homens. Temos hoje em torno de 16 a 17 mil”, explica Queiroz.
Na entrevista ao programa “Ceará News”, nesta manhã, através da rede Plus de Rádio FM, o presidente da Aspramece  disse, ainda, que muitos policiais que ingressaram na PM com o intuito de integrar o efetivo do Ronda, saíram em busca de melhores oportunidades, melhores salários e carreiras onde não exista o fantasma do assédio moral. “Deixaram a Corporação em busca de outra árvore que lhes desse uma melhor sombra. Ficaram decepcionados com o que encontraram na instituição, sem contar com aqueles que são concurseiros”.
Ele ainda aproveitou para opinar sobre o projeto de policiamento Comunitário implantado no governo de Cid Gomes.  “O Ronda acabou”, disparou. 
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