O ministro da Economia, Paulo Guedes, confirmou nesta sexta-feira (21) que o programa de suspensão de contratos de trabalho e corte de jornada e salário vai ser prorrogado por mais dois meses.
Para ele, esse foi o programa mais efetivo elaborado durante a pandemia em termos de gastos e que a extensão servirá para manter empregos enquanto a economia se recupera.
"(Foi possível) preservar 16 milhões de empregos gastando R$ 20 bilhões e pouco. O programa tem tanto sucesso que vamos estender por mais dois meses justamente para continuar preservando esses empregos enquanto a economia faz essa volta em V", disse.
O programa que visa evitar demissões em massa durante a pandemia da Covid-19 foi criado em 1º de abril. Quando o programa foi criado, a ideia era que a suspensão de contrato fosse válida por até dois meses.
A ampliação do prazo do programa já foi feita uma vez anteriormente. Em julho, Bolsonaro publicou um decreto permitindo que os acordos tenham validade por até 120 dias. Esse é o período máximo, portanto, atualmente em vigor.
Até esta quarta-feira, mais de 16,3 milhões de acordos de redução de jornada e suspensão temporária de contratos foram assinados.
O ministro afirmou que o governo vai anunciar mais medidas na próxima terça-feira. Segundo ele, serão lançados os programas da carteira de trabalho Verde e Amarela, voltada ao mercado de trabalho, e do chamado Renda Brasil (expansão do Bolsa Família).
Orçamento
Segundo os técnicos, não será preciso aumentar o orçamento do programa para a prorrogação.
De acordo com o secretário especial de Previdência e Trabalho do Ministério da Economia, Bruno Bianco, a retomada do emprego em diversos setores permitirá ao governo prorrogar o programa por mais dois meses com menor custo.
"Nem todos os setores precisam da prorrogação do BEm agora, apenas aqueles que continuam com problemas para retomar as atividades. Com isso, vamos prorrogar o BEm mantendo o mesmo orçamento original da medida", completou.
Para Bianco, o primeiro resultado positivo do mercado de trabalho após a chegada da pandemia de covid-19 ao País é fruto do acerto das políticas públicas do governo. Depois de quatro meses no vermelho, houve a abertura líquida de 131.010 empregos com carteira assinada em julho, de acordo com os dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) divulgados nesta sexta pelo Ministério da Economia.
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