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domingo, 30 de agosto de 2020

Ministro do Meio Ambiente Salles anuncia suspensão de combate a queimadas; Mourão nega bloqueios


BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) O Ministério do Meio Ambiente anunciou nesta sexta-feira (28) a suspensão de todas as operações de combate ao desmatamento ilegal e a queimadas na Amazônia Legal e no Pantanal. A medida vale a partir de segunda-feira (31-08-2020). O vice-presidente Hamilton Mourão, que preside o Conselho da Amazônia, disse que o ministro Ricardo Salles se precipitou e que não haverá qualquer interrupção.
De acordo com a pasta, a decisão foi tomada após bloqueio financeiro determinado pela SOF (Secretaria de Orçamento Federal).
O ministério afirmou também que os bloqueios são da ordem de R$ 20,9 milhões no Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis) e R$ 39,8 milhões no ICMBio (Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade).
A interrupção do combate ao desmatamento ilegal, segundo a nota de Salles, começa a valer a partir da 0 h de segunda-feira. A medida vai atingir todas as operações na Amazônia Legal, Pantanal e demais regiões do País.
"Segundo informado ao MMA [Ministério do Meio Ambiente] pelo secretário Esteves Colnago do Ministério da Economia, o bloqueio atual de cerca de R$ 60 milhões para Ibama e ICMBio foi decidido pela Secretaria de Governo e pela Casa Civil da Presidência da República e vem a se somar à redução de outros R$ 120 milhões já previstos como corte do orçamento na área de meio ambiente para o exercício de 2021", afirmou a pasta, em nota.
Com isso, segundo o ministério, no Ibama, serão desmobilizados 1.346 brigadistas, 86 caminhonetes, 10 caminhões e 4 helicópteros. Serão ainda desmobilizados no combate ao desmatamento ilegal 77 fiscais, 48 viaturas e 2 helicópteros.
De acordo com a pasta, no ICMBio, serão afastados dos trabalhos de combate ao desmatamento ilegal 324 fiscais, além de 459 brigadistas e 10 aeronaves Air Tractor que atuam no combate às queimadas.
À noite, diante da repercussão negativa do anúncio feitio pelo Ministério do Meio Ambiente, o general Hamilton Mourão disse que conversou com Salles e que espera que o ministro "reflita e chegue à conclusão que não foi a melhor linha de ação a que ele tomou e criou um caso que não era para ser criado".
"O ministro se precipitou, precipitação do ministro Ricardo Salles", disse Mourão. "Eu conversei com ele e acabou. A reação dele é que ele tem que entender que não agiu da melhor forma."
O vice-presidente disse que Salles viu apenas uma planilha de planejamento da SOF, mas que o recurso "está em aberto, não está bloqueado. É precipitação".
"O governo está buscando recursos para poder pagar o auxílio emergencial, é isso que eu estou chegando à conclusão. Então, está tirando recursos de todos os ministérios. Cada ministério oferece aquilo que pode oferecer. Então, o ministro teve uma precipitação e não vai ser isso que vai acontecer. Não vão ser bloqueados os R$ 60 milhões entre Ibama e ICMBio, que são exatamente para o combate ao desmatamento e à queimada ligado ao ministério", disse Mourão.
O general insistiu que as operações na Amazônia não serão interrompidas. "Segue o baile conforme planejado", afirmou Mourão.
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