A corrida por uma vacina contra a Covid-19 está a todo vapor. E uma das favoritas nessa maratona é a Coronavac, desenvolvida pela farmacêutica chinesa Sinovac Life Science em parceria com o Instituto Butantan, em São Paulo.
Em um estudo apresentado nesta segunda-feira (10), a Sinovac relata que os resultados dos ensaios clínicos de fase 2 foram satisfatórios: não houve reações adversas preocupantes à vacina. Nessa etapa dos estudos, foram analisados os efeitos em 600 voluntários que receberam o imunizante na China.
Cada pessoa tomou duas doses, sendo uma delas da vacina e outra, de um placebo. De acordo com a análise, a Coronavac se mostrou segura: dentre as principais reações apresentadas pelos voluntários está apenas uma leve dor no local da injeção. Nas fases 1 e 2 dos ensaios, o laboratório chinês realizou testes em aproximadamente mil chineses.
As etapas anteriores, feitas com macacos, também demonstraram resultados promissores, com resposta imune expressiva contra o Sars-CoV-2 no organismo dos primatas.
A fase 3 do estudo, caracterizada por incluir um grande número de pessoas, contará com voluntários no Brasil: 9 mil pessoas já participam de testes desde julho. O objetivo é investigar a eficácia e a segurança do imunizante em nível populacional.
Segundo o Instituto Butantan, caso a vacina seja aprovada, a tecnologia para a produção em escala será transferida para o Brasil e haverá fornecimento gratuito pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Ainda serão necessários o registro do imunizante pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária, a Anvisa, além da distribuição em todo o país e a aplicação de acordo com os grupos prioritários a serem estabelecidos.
Nenhum comentário:
Postar um comentário