O remdesivir, medicamento antiviral, reduz o tempo de recuperação em pacientes com coronavírus, de acordo com os resultados de uma pesquisa publicada na última sexta-feira (22).
O estudo, conduzido pelo Instituto Nacional de Alergias e Doenças Infecciosas dos Estados Unidos (NIAID), foi publicado pelo New England Journal of Medicine.
No Brasil, o governo já declarou que a Anvisa mantém contato com o fabricante do remdesivir para acompanhar a evolução dos estudos e a viabilidade do fornecimento ao País.
Em 1º de maio, os Estados Unidos autorizaram o uso do remdesivir em hospitais em caso de emergência, uma medida que o Japão também adotou e que a Europa poderia adotar.
O estudo constatou que o remdesivir, injetado por via intravenosa durante 10 dias, acelera a recuperação de pacientes hospitalizados por Covid-19, em comparação ao uso de placebo.
Os testes clínicos foram realizados com mais de mil pacientes em dez países diferentes.
Em 29 de abril, o diretor do NIAID, Anthony Fauci, o rosto visível do governo Donald Trump na administração da pandemia, disse que evidências preliminares mostraram que o remdesivir teve um "efeito claro, significativo e positivo na redução do tempo de recuperação" dos doentes.
No entanto, os autores do estudo indicam que o medicamento não é capaz de evitar todas as mortes.
"Dada a alta mortalidade, apesar do uso de remdesivir, está claro que o tratamento apenas com um medicamento antiviral provavelmente não é suficiente", apontam.
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