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segunda-feira, 2 de maio de 2016

Direitos dos trabalhadores nunca estiveram em situação tão ameaçadora


clayton 160501Este domingo é 1º de Maio, a referência maior da luta dos trabalhadores por seus direitos. Infelizmente, desde a ditadura, não se tinha um Dia do Trabalho em situação tão ameaçadora aos direitos dos trabalhadores como a data de hoje. Novamente, desde 64, um governo ilegítimo está prestes a desencadear um programa de arrocho que se constituiria em verdadeira guilhotina nos direitos dos assalariados, aposentados, pensionistas, estudantes das instituições públicas de ensino, usuários da saúde pública, servidores públicos e os segmentos mais desprotegidos da sociedade. Pior até do que aconteceu nessas áreas após o golpe de 1964. O clima é de apreensão, conforme vai se revelando o plano sinistro (Ponte Para o Futuro) que está sendo preparado pelo eventual governo Temer. Isso só conseguiria ser feito, no Brasil, por um governo de usurpadores, não ungido pelo voto popular.
Embora os brasileiros tenham razão de indignar-se com a corrupção, esse não é o motivo real da crise, segundo entendem analistas externos. Se fosse isso, Eduardo Cunha – o que mais reúne denúncias de corrupção contra si – não seria tão protegido pelos grupos influentes. Apesar de ser réu no STF, há muito tempo, a Corte mantém-se inerte diante dele, e seus processos caminham a passo de tartaruga. O sistema blindou Cunha, encarregando-o de fazer o “trabalho sujo” do golpe (um impeachment sem crime de responsabilidade) e, por isso, fecha os olhos, convenientemente, a seus malfeitos. O próprio Michel Temer, apesar de delatado na Lava Jato, foi escolhido para assumir o governo. Grande parte dos deputados e senadores que julgaram e julgarão Dilma, estão encalacrados nas denúncias de propina, enquanto a presidente não tem nenhuma acusação de improbidade.
Agora, o País está ameaçado de entrar numa convulsão social de consequências imprevisíveis, com a grande maioria da população não aceitando Temer como presidente, segundo as pesquisas de opinião. E aí?
Da Coluna Valdemar Menezes, no O POVO deste domingo 1º de maio

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