Os dados são do novo Relatório das Nações Unidas sobre o Estado da Insegurança Alimentar Mundial (SOFI 2024).
Foto: Edmilson Tanaka/FotoO novo Relatório das Nações Unidas sobre o Estado da Insegurança Alimentar Mundial (SOFI 2024) apontou que a insegurança alimentar severa no Brasil foi reduzida em 85% no ano passado. Em números absolutos, a edição 2024 disse que 14,7 milhões de brasileiros deixaram de passar fome no país. Os dado foram divulgados nesta quarta-feira (24).
Mesmo com a redução, aponta-se que 8,4 milhões de brasileiros estão desnutridos. O relatório da ONU para Alimentação e Agricultura (FAO) ainda disse que aproximadamente 20% da população brasileira foi isenta de acesso adequado à alimentação nos últimos três anos, mantendo o país no Mapa da Fome global. Vale lembrar que o Brasil tinha deixado o Mapa da Fome em 2014, e se manteve fora dele até 2018.
“A redução da insegurança alimentar severa no Brasil caiu de 8% para 1,2% da população em 2023, segundo o relatório da FAO. E a desnutrição teve redução de um terço“, disse o ministro do Desenvolvimento Social, Wellington Dias (PT) durante discurso em um evento do G-20, nesta quarta.
“Acabar com a fome é a principal bandeira do nosso governo. O Brasil, neste mandato do presidente Lula, vai sair do Mapa da Fome.“, afirmou o ministro.
O documento da FAO apresenta dados do triênio 2021-2023. Nele, é mostrado que3,9% da população brasileira apresentou desnutrição crônica. Destaca-se que a ONU leva em conta para integrar um país no Mapa da Fome quando esse índice é igual ou maior que 2,5% do total da população.
Em comparação ao relatório anterior, observa-se que 1,7 milhão de brasileiros deixaram de sofrer de desnutrição crônica. Esse número representa um terço do necessário para que o País saia do Mapa da Fome.
Além disso, o país teve ao longo do último triênio 39,7 milhões de habitantes com insegurança alimentar moderada ou grave.
A agência da ONU diz que a moderada é quando a pessoa tem dificuldade em ter acesso a uma alimentação adequada, tendo períodos em que come menos ou com menor qualidade. Já a insegurança grave é quando falta de forma efetiva comida por um dia ou mais.
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