Couto Neto havia sido indiciado pela Polícia Civil do Rio Grande do Sul na última terça-feira (12). O médico foi acusado de homicídio doloso em 3 diferentes inquéritos, levando a Justiça do Rio Grande do Sul a decretar a prisão preventiva dele. As outras 39 mortes e 114 lesões corporais seguem sendo investigadas.
À polícia, pacientes e ex-colegas relataram que Couto Neto era um médico que fazia cirurgias em excesso, além de procedimentos desnecessários. Ele também dava diagnósticos falsos de cânceres raros. Segundo as investigações, ele chegava a fazer 25 cirurgias em um único plantão.
Couto Neto costumava trabalhar no Hospital Regina, onde fazia o aluguel do centro cirúrgico em troca de uma porcentagem dos procedimentos realizados.
No ano passado, o cirurgião foi alvo de uma operação policial. 15 pessoas procuraram a polícia denunciando os supostos erros médicos. Ao todo, são analisados 156 casos, com relatos de dilaceração de órgãos, perfurações no intestino e cortes desnecessários. Os agentes cumpriram mandados de busca e apreensão no hospital onde ele atuava em Novo Hamburgo, além de sua residência. Já na época, ele era suspeito de ter causado a morte de cinco pacientes.
Na época, Couto Neto havia sido proibido de realizar cirurgias por seis meses pela Justiça. Neste ano, no meio do ano, o período foi prorrogado por mais quatro meses, terminando no dia 24 de outubro o período.
Em fevereiro de 2023, o médico se registrou no Conselho Regional de Medicina de São Paulo (Cremesp). O pedido veio após Couto Neto conseguir um emprego para atendimento pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Em São Paulo, começou a usar apenas João Batista para se apresentar.
Em São Paulo, Couto Neto era contratado indiretamente como prestador de serviços, para efetuar trabalhos em órgãos públicos e filantrópicos.
Dentre os locai em que Couto Neto trabalhou, estão: AMA Sacomã, na capital paulista; Hospital Mandaqui; Hospital Ipiranga; Hospital Pio 12; e Hospital São Francisco de Assis.
IG
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