Foto Thiago Gadelha / SVM |
Numa casa antiga do bairro Pio XII, em Fortaleza, o rack de mogno sobre o piso de ladrilho avermelhado abriga — entre CDs, porta-retrato e um bibelô de cerâmica — uma televisão de tubo. A sala de estar da dona Maria Augusta Silva, 87, é um cenário nostálgico para muitos, mas também retrata a realidade de 2 milhões de pessoas que ainda moram em lares com esse tipo de TV, no Ceará.
Os dados são do Módulo de Tecnologia de Informação e Comunicação (TIC), da última Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua), realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). No entanto, os números ainda são de 2021.
Na Capital, o quantitativo de moradores em residências com televisão de tubo chega a 386 mil. Entre eles, está a dona Maria Augusta, citada acima.
Como os remédios e alimentos estão todos caros, não tenho condições de comprar a TV [de tela] fina. Então, fico com essa mesmo, mas uma vez por outra dá aquele ‘papoco’ e fica falhando a imagem”, relata a dona de casa Maria Augusta.
“Por isso, agora, eu só uso a partir de 19 horas para assistir à missa e ao jornal. Não ligo mais durante o dia, porque tenho medo de quebrar”, completa.
Com informações do Diário do Nordeste.via https://elberfeitosa.blogspot.com/
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